Quatro minutos de tempo médio de uso. Quatrocentos anos para se decompor na natureza. Esses são a vida útil e o impacto de um canudo de plástico no meio ambiente.
Muito propenso a ir parar nas redes e água doce e nos oceanos, por ser leve e facilmente transportado pelo vento, o canudinho prejudica a vida marinha. Milhares de tartarugas, aves marinhas e outros animais morrem todos os anos por causa do consumo de plástico. Os canudos respondem por 4% do plástico que polui os oceanos.
Incomodada com isso, há três anos uma jovem estudante da Escola Estadual Culto à Ciência, de Campinas (interior de São Paulo), resolveu fazer algo.
Maria Pennachin foi ao laboratório de sua escola e desenvolveu, com a supervisão de duas professoras orientadoras, um canudo de bioplástico à base de amido de inhame e de gelatina.
O projeto foi um dos finalistas da 6ª Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto 3M – que está com as inscrições abertas para sua nona edição.
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A iniciativa promovida pelo Instituto 3M tem como objetivo incentivar o espírito científico e a criatividade de estudantes da educação básica e técnica das regiões metropolitanas de Campinas e de Ribeirão Preto.
“A ciência sempre foi essencial para o desenvolvimento da humanidade, e num cenário de pandemia é ainda mais. Só ela para trazer uma solução para este momento que vivemos”, afirma Liliane Moura, supervisora de projetos sociais do Instituto 3M.
“O que mais me impressiona na Mostra de Ciências e Tecnologia é como o método científico é capaz de impulsionar a criatividade e a capacidade de realização dos alunos”, afirma ela.
“Em qualquer sala de aula que entremos, todos os jovens têm uma ideia para transformar o mundo, mas isso só é possível mesmo com uma base científica. E isso fica muito claro na Mostra: estamos dando base para eles criarem um país melhor do que entregamos para eles hoje.”
Promover a ciência e a tecnologia é a missão global da 3M. Como incentivar jovens estudantes a se interessarem pelas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, conhecidas pela sigla em inglês STEM?
Para a empresa, a resposta está no investimento nos professores. Assim, a 9ª Mostra de Ciências e Tecnologia é uma das iniciativas do Desafio de Inovação, que pretende formar professores para a prática das ciências e a orientação de projetos investigativos realizados por estudantes da educação básica.
Na prática, o Desafio é um curso gratuito oferecido em parceria com a Universidade de São Paulo e com o Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), organizador da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace) anualmente para profissionais da rede pública.
Formados durante um ano todo, os professores agem como multiplicadores do conteúdo. “Na Mostra, vemos como os alunos colocaram em prática aquilo que transmitimos aos professores no Desafio de Inovação”, explica Liliane.
“Todo o conteúdo da formação dos professores é montado por professores e doutores da USP, com foco em metodologia de pesquisa específica. E o primeiro conceito ensinado é que a ideia para os projetos inovadores tem que vir dos alunos, sempre”, diz Liliane.
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“O professor ajuda com a base de metodologia para criar o processo científico e chegar a uma solução. Mas o que incomoda tem que vir do aluno”, ela continua.
“É isso que esperamos encontrar na Mostra: entender se o aluno conseguiu identificar o que o incomoda, o que ele quer mudar na sociedade, e se conseguiu estabelecer o processo científico para isso virar realidade ou um protótipo.”
Por isso, muitos dos trabalhos estão relacionados à sustentabilidade (caso do projeto do canudo de inhame que abriu esta reportagem), à diversidade (como estudos sobre a violência contra mulheres, negros, população LGBTQIA+) e à tecnologia como ferramenta para melhorar a vida das pessoas (como formas para alfabetizar crianças com deficiência visual e outras propostas inclusivas).
“A formação dos professores é o coração deste projeto que leva ciência aos alunos, enquanto a Mostra é a cereja do bolo.”
Para a 9ª Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto 3M podem se inscrever (até o dia 11 de outubro) estudantes matriculados em 2021 no 8º ou 9º ano do ensino fundamental, no ensino médio ou no ensino técnico de escolas públicas e particulares das regiões metropolitanas de Campinas e de Ribeirão Preto.
Projetos de outras regiões do Estado de São Paulo serão selecionados em caso de vagas remanescentes.
Desde a primeira edição, quase 1700 alunos apresentaram projetos como finalistas na Mostra organizada pelo Instituto 3M. “Quanto mais professores se formam na mesma escola, maior a qualidade dos projetos, a variedade e a capacidade de os alunos trabalharem com a transdisciplinaridade”, observa Liliane.
Assim como no ano passado, por causa do cenário de pandemia a edição de 2021 da Mostra de Ciências e Tecnologia Instituto 3M será no formato virtual entre os dias 8 a 12 de novembro de 2021.
Os estudantes podem participar de palestras e expor seus trabalhos por meio da Mostra Virtual de Projetos, uma plataforma online com vagas para 100 projetos investigativos e aberta a convidados, à comunidade 3M e ao público geral.
Os finalistas devem apresentar seu projeto, também de casa e de forma virtual, para um Comitê de Avaliação composto por pesquisadores da USP, do LSI-TEC e profissionais voluntários da 3M.
A avaliação será pela plataforma Zoom Education, nos dias 8, 9 e 10 de novembro de 2021. Ela é feita por meio da apreciação detalhada de todo o material produzido pelo finalista (relatório, pôster, vídeo, maquete ou protótipo). E, bem ao estilo de um pitch, também conta com apresentação oral (cuja performance entra na avaliação). A premiação acontece no dia 13 de novembro.
Estudantes e professores de projetos classificados em 1º lugar recebem uma medalha e um certificado por pessoa, R$ 1.100 e um troféu por projeto para a equipe vencedora. Também são premiados os trabalhos dos segundos (R$ 900) e terceiro lugares (R$ 700).
O prêmio mais esperado, no entanto, são as três credenciais que dão passe livre para os projetos serem expostos na Febrace. “Imagina: são 300 projetos do país todo. Passar direto é importante.”
Quem participa da Febrace concorre a vagas para apresentar seu trabalho na Intel Isef (International Science and Engineering Fair), a Feira Internacional de Ciências e Engenharia que acontece anualmente nos Estados Unidos.
“Já tivemos casos de alunos brasileiros que foram premiados lá”, diz Liliane, orgulhosa. “Um dos estudantes que foram para a feira internacional hoje é professor e orientador de alunos nesses mesmos projetos.” É assim que a ciência ajuda a tornar o mundo melhor.
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