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Chama os universitários: programa de inovação aberta da BASF desafia a nova geração a resolver velhos problemas

Bruna Fontes - 20 maio 2021
Crowdsourcing: estudantes universitários e executivos da BASF se encontram virtualmente para trocar ideias no Programa Universidades
Bruna Fontes - 20 maio 2021
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Em grandes empresas, com culturas bem consolidadas, parece quase impossível resolver as dores de forma inovadora, afinal todo mundo tende a pensar parecido. Então, o que fazer para encontrar soluções? No caso da BASF, a saída foi ousada: “chama os universitários”.

Esse crowdsourcing é a base do Programa Universidades, realizado desde 2019 no onono, o hub de inovação da companhia, onde aconteceram os primeiros encontros entre estudantes e executivos da BASF.

Por causa da pandemia de Covid-19, hoje esse encontro é virtual –mas o espírito de inovação aberta é o mesmo. A empresa lança um desafio para resolver um problema real, como melhorar a experiência de compra de tintas ou otimizar a gestão de frete, e os jovens quebram a cabeça para encontrar soluções que podem ser aplicadas na prática.

No programa, todos os grupos de universitários ganham um mentor, com quem se encontram uma vez por mês para captar dados, mostrar ideias e receber feedback. Depois de alguns meses, chega a hora da grande final, onde os estudantes apresentam seus projetos a uma banca de profissionais da BASF.

As três melhores soluções são premiadas com um valor em dinheiro ou até mesmo com a oferta de um estágio. “Ao longo da mentoria, os alunos interagem em várias áreas da empresa, então nós vamos conhecendo o perfil de cada um”, conta Victoria Vendramini, responsável por Marketing e Ecossistemas do onono.

“A BASF seleciona os melhores alunos para implementar a solução. É uma oportunidade de inovar na gestão de talentos.”

A primeira instituição a embarcar no Programa Universidades foi a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), que mobilizou cerca de 300 alunos em dois anos. Os desafios de inovação aberta foram propostos aos estudantes do segundo ano de Administração, em uma disciplina que aborda justamente novos modelos de gestão.

“É uma matéria que ensina a mentalidade de projetos ágeis. Por isso fazia todo o sentido a parceria com o onono, pelo foco em execução de projeto, trabalhando em sprints”, comenta Fernando Domingues, professor e coordenador do StartupLab da ESPM.

Como a escola é especializada em marketing, ele conta que os desafios escolhidos tinham foco mercadológico e em competitividade. E que os alunos se empolgaram por trabalhar em cases reais, dos quais eles poderiam participar, ouvindo os profissionais da empresa para resolver problemas.

“Essa é a melhor experiência de aprendizagem que podemos proporcionar em uma disciplina como essa, de base prática. É um laboratório muito potente”, afirma o professor. “Para os alunos, foi fantástico ter esse espaço de interação com os executivos na final e a oportunidade de colocar o projeto no portfólio. E cinco deles foram fazer estágio na BASF.”

 

O DESAFIO É… INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO FRETE

Em 2021, são os alunos do Centro Universitário FIAP –referência em tecnologia da informação– que vão participar da quarta rodada do programa. Cerca de 40 estudantes do primeiro ano do curso de Inteligência Artificial receberam a missão de desenvolver uma ferramenta digital para otimizar a gestão de frete.

Essa tarefa, aliás, já havia sido passada a algumas startups, mas a BASF não ficou satisfeita com as soluções encontradas –nenhuma era personalizada como a empresa queria. “A gestão dos fretes nas operações de distribuição numa empresa do nosso porte é bastante complexa. Precisamos de uma tecnologia que interprete de forma ágil os dados dos nossos relatórios”, explica Ricardo Franky Lopez, gerente de Transportes da BASF para a América do Sul.

A FIAP aceitou o desafio, e os alunos já estão trabalhando nos projetos desde fevereiro, realizando encontros por vídeo com os mentores e tirando dúvidas por meio de mensagens. “Eles estão muito engajados, porque veem propósito em participar de um projeto importante para a empresa. Todo mundo quer ganhar”, comenta Ricardo Fortes, head de graduação da FIAP. Para ele, essa aproximação enriquece tanto a academia como o mercado.

“Todo mundo ganha. A empresa absorve novidades dos jovens para entender as tendências do futuro e o aluno descobre a inovação e o intraempreendedorismo.”

Conectar essas gerações e valorizar o conhecimento de ambas é a chave para a produtividade –não só hoje, mas também no futuro, segundo o professor. “Companhias tradicionais não sabem como pensam os jovens, que são os clientes de amanhã. Por outro lado, os estudantes acham caretas as empresas que não são da área de tecnologia e não veem como podem inovar nesse ambiente. Essa é uma boa oportunidade para eles mudarem de opinião.”

 

PROGRAMA UNIVERSIDADES EM NÚMEROS

2 anos

+ de 300 estudantes envolvidos

12 projetos desenvolvidos

5 projetos implantados na Basf

R$ 10 mil em prêmios para os vencedores de cada rodada

 

Você estuda ou trabalha em uma universidade e tem interesse em solucionar os desafios da BASF? Acesse nosso site.

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