Desde pequena a gerontóloga Tássia Chiarelli adorou conviver com pessoas mais velhas. Mas foi na faculdade que ela teve a oportunidade de conhecer mais profundamente a realidade dos idosos e passou a olhar para esta população sob outra perspectiva. “O brasileiro está envelhecendo e tem aumentado a procura por serviços específicos para a terceira idade. Em um futuro próximo teremos muito mais idosos, alguns bem ativos, outros dependentes, alguns com uma aposentadoria bacana, outros que com um salário mínimo sustentarão toda a sua família. A diversidade será ainda maior”, diz.
Diante desta questão que Tássia identificou um grande nicho de mercado e pensou em uma maneira de oferecer um serviço que melhorasse de alguma forma a vida dos idosos no Brasil. Nascia, assim, o sonho da OPA.
Qualidade de vida na terceira idade
Assim que se formou Tássia submeteu seu projeto para a Incubadora Habits. “Mas a ideia inicial era um pouco vaga, eu queria criar um serviço que integrasse o ambiente virtual com o físico para idosos, mas não sabia como começar. Estar na incubadora e ter o seu suporte foram apoios fundamentais para se chegar ao modelo de negócios”, relembra.
Segundo a gerontóloga, apesar de o Brasil ter um número considerável de idosos, cerca de 13% da sua população, ainda nos consideramos um país de jovens. Para ela, o culto à juventude favorece a criação de rótulos, preconceitos e uma cultura antienvelhecimento. “Todos os dias envelhecemos um pouco, envelhecer é um processo que ocorre ao longo da vida. Então o que podemos fazer é cuidar desse envelhecimento, para que se dê de maneira digna e com qualidade de vida. É este o objetivo da OPA: criar meios para que as pessoas possam vivenciar esta fase com mais oportunidade e propósito de vida. Para isso, trabalhamos com ações criativas para o envelhecimento. No ambiente físico oferecemos atividades que tragam desenvolvimento pessoal e social, como também o contato entre gerações. Essas ações são divulgadas em nossos canais virtuais, principalmente na plataforma e na Fan Page. Na nossa plataforma, além de integrar essas atividades, seja no processo de inscrição ou na pós-divulgação, também é gerado conteúdo sobre diferentes assuntos ligados ao bem-estar e a valorização das experiências de vida”, explica.
Empresa de caráter humanitário
Ao contrário do que muitos pensam, a OPA não é uma ONG, e sim uma empresa. “A nossa fonte de receita vem de ações virtuais e das empresas que queiram fortalecer a sua marca junto ao nosso público. Vale ressaltar que inicialmente o projeto focava apenas nas pessoas acima de 60 anos de idade, ou seja, aquelas consideradas idosas de acordo com a lei. No entanto, no decorrer do serviço, percebemos que deveríamos rever este alvo, e passamos a direcionar as ações para pessoas a partir de 50 anos de idade e também para sua família”, conta.
Para saber os desafios enfrentados por Tássia – e foram muitos – assim como seus planos para o futuro, acesse a matéria completa no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!
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