“Talento vence jogos, mas trabalho em equipe e inteligência vencem campeonatos.”
Em 1994, quando já era três vezes campeão da NBA pelo Chicago Bulls, o jogador de basquete Michael Jordan imortalizou a frase em seu livro Nunca Deixe de Tentar. Provavelmente sem que ele sequer suspeitasse, a máxima ultrapassou o universo do esporte e virou um mantra corporativo.
No ecossistema da inovação aberta, o trabalho colaborativo essencial: seu próprio conceito é fundamentado nele. Nada mais coerente, portanto, que o Programa de Desafios da BRF fosse formado por uma poderosa parceria.
“A ACE e IBM chegaram para somar esforços. São os parceiros que estávamos buscando”, afirma Stephanie Blum, gerente de inovação da BRF e responsável pelo BrfHub, o time de inovação aberta da companhia, que toca o programa.
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Enquanto a primeira ajuda a estruturar e operar a iniciativa, a segunda provê tecnologia de ponta para o desenvolvimento das soluções dos empreendedores finalistas.
Com mais de 150 inscrições, dobrando o número da edição anterior, a segunda versão do Programa de Desafios acontece digitalmente e já está na fase de pitch days. A BRF busca soluções para 12 desafios estratégicos em diversas áreas, de ingredients e saúde animal a tech & pack e logística secundária.
Empresa que começou como uma aceleradora de startups e hoje ajuda grandes companhias a inovar, a ACE é uma espécie de tradutor e intérprete no universo da inovação aberta. “Temos uma experiência muito bacana de falar as duas línguas: a do empreendedor e a corporativa”, afirma Miguel Nahas, analista de Startup Engagement da ACE.
“Atuamos adequando os ritmos para a realização das parcerias”, ele explica.
“Entendemos que dentro da empresa é preciso criar o que chamamos de ‘esteira ágil’ para que a inovação possa acontecer de fato. Por outro lado, sabemos trabalhar as expectativas dos empreendedores participantes do programa, entendendo quais são mais promissores e preparados para fazer um projeto com uma empresa do porte da BRF.”
Toda semana, Miguel Nahas reúne-se com a equipe do BrfHub para tomar decisões em relação ao programa. Pensam nos materiais que vão ser usados, nos critérios para avaliação das startups participantes, como vão se organizar as agendas e as rotinas. “Esses check points funcionam para alinharmos todos os passos e garantirmos que o projeto tenha a melhor condução possível.”
A ACE também capacita o time da BRF por meio de workshops sobre, por exemplo, como selecionar os melhores empreendedores e como conduzir projetos-piloto com startups. Além disso, auxilia os participantes do programa para o pitch day, para que eles deem todas as informações necessárias acerca de seu negócio. “Nosso papel é garantir que o programa tenha pilotos de sucesso e a BRF conquiste parceiros estratégicos para a resolução de seus desafios.”
Velha parceira da BRF em vários projetos, a gigante internacional IBM veio reforçar o Programa de Desafios como provedora de tecnologia para os empreendedores que chegarem à fase final do programa. “Eles podem usar os serviços da plataforma Watson e até tecnologia robusta, como blockchain”, diz Flavia Dias de Carvalho, líder de startups e desenvolvedores de ecossistema da IBM Brasil.
O Watson é uma plataforma que simula o processo de aprendizado humano e, assim, permite trazer ferramentas de inteligência artificial para as mais diversas soluções providas pelas startups: das healthtechs às jurídicas, das financeiras às que auxiliam no recrutamento de funcionários.
“A IBM entende que as startups são um novo canal para aplicação de suas tecnologias e tem interesse em fomentar esse ecossistema”, diz Flavia.
Com a parceria, a IBM provê acesso a créditos entre mil e 10 mil dólares para as startups vencedoras. “Esse investimento, para ser usado em serviços na nossa nuvem, pode chegar a mais 600 mil reais ao ano”, explica Flavia.
Os parceiros do Programa de Desafios ressaltam a diversidade dos participantes. As barreiras geográficas não existem no universo digital, portanto neste ano os inscritos são de várias partes do país e até de fora dele. Eles reúnem startups, pesquisadores acadêmicos e empresas já maduras.
“Os perfis tão diversos geram alguns desafios, mas também elevam ao máximo os princípios da inovação aberta, como contar com diferentes perspectivas e óticas para se tratar do mesmo problema”, conta Miguel Nahas.
“Em um dos pitch days dos quais participei recentemente havia professores doutores explicando como resolveriam determinado desafio ao mesmo tempo em que uma startup apresentava como implementaria uma tecnologia que ela já possui, mas não necessariamente aplica no problema em questão, e uma consultoria comentando como faria.”
Segundo ele, para a BRF a vantagem é enorme. “Empreendedores com soluções em níveis mais iniciais dão mais possibilidade de customização para o desafio específico”, afirma. “Em contrapartida, uma solução mais madura pode ter o nível de tempo e de custo de implementação menores e, muitas vezes, resultados mais a curto prazo.”
Para Stephanie Blum, as parcerias com a ACE e a IBM surgiram na esteira dos aprendizados colhidos com a edição de 2019 do programa. “Percebemos que acertamos muito, mas que havia espaço para melhorar ainda mais”, afirma ela. “Uma parceria dessas ajuda nosso programa a ficar ainda mais forte!”
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