No dia que seu primeiro neto nasceu, Patrícia o embalou em seu colo, cantou uma canção que aprendeu na sua infância e, logo em seguida, despediu-se. Ela precisava ir ao Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo, para saber o que faria a respeito da demissão em massa que havia acontecido recentemente na Editora Abril.
Ela foi apenas um nome entre os mais de mil demitidos pela empresa em 2018 que, além de perder o emprego, entraram em uma longa lista de credores. Entre esses, centenas de ex-funcionários não tiveram seus direitos trabalhistas garantidos. Foi então que Patrícia se tornou, sem querer, ativista pela causa que não pediu para abraçar.
Em uma conversa franca com Bruno Leuzinger, editor-chefe do Draft, a jornalista fala sobre como passou a se enxergar a partir do momento que se tornou uma voz de autoridade no assunto. Suas histórias vão desde fazer piquete em frente à gráfica da empresa para provocar atrasos propositais na distribuição de revistas até ligar para um dos potenciais compradores da Abril, para exigir seus direitos diretamente com o alto escalão.
Ouça a seguir, no Spotify:
Você também pode ouvir o Retrato em outras plataformas, como Apple Podcasts, Google Podcasts e Anchor.
Errata: “Preciso fazer uma correção: o patrimônio pessoal dos três irmãos Civita, então acionistas da Abril, correspondia em 2015 a 10 bilhões de reais, e não de dólares, como eu havia dito. Já a dívida com os demitidos e freelancers não passava de apenas 100 milhões de reais”, afirma Patrícia.
O Draft 7 Anos Talks virou podcast! No primeiro episódio, desbravamos o mercado de sextechs com Lettycia Vidal, fundadora da plataforma de saúde materno-infantil Gestar, e Marilia Ponte, da empresa de vibradores LILIT. Vem com a gente!
Fundador da startup Kenoby, Marcel já trabalhou no mercado financeiro, como headhuter, vendendo algodão na China e até abriu uma cachaçaria. Aqui, ele conta como se cobrava para ter o CV perfeito, até descobrir que isso não é importante
Há 20 anos, ela foi uma das primeiras pessoas a ter cão-guia no país. Para Thays Martinez, o cão Boris representou a liberdade total. Hoje, a advogada trabalha para que outras pessoas cegas possam ter a mesma independência. Está no ar o podcast do Draft