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Pollini Jorio compartilha a experiência de participar do Sephora Accelerate 2017

Fernanda Cury - 22 fev 2018
Pollini foi a primeira brasileira selecionada para participar do programa que dá apoio às empreendedoras voltadas à indústria da beleza, através de uma estrutura colaborativa com foco em impacto social.
Fernanda Cury - 22 fev 2018
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A administradora Pollini Jorio atuou por muitos anos em multinacionais de beleza, onde ganhou experiência e conheceu com mais profundidade as carências e necessidades dos consumidores. Entendeu que havia ali uma demanda reprimida e investiu em um aplicativo que oferecesse soluções para esse público. Assim ela criou o app Brand Lovers.

Já publicamos no Itaú Mulher Empreendedora uma entrevista com a Pollini, você se lembra? Mas de lá pra cá, com certeza, muita coisa aconteceu. Entre as novidades de maior destaque, está sua participação no Sephora Accelerate 2017, programa que dá apoio às empreendedoras voltadas à indústria da beleza, através de uma estrutura colaborativa com foco em impacto social. Neste ano, dentre centenas de inscrições, vindas dos EUA, Canadá, Brasil e México, 10 mulheres empreendedoras foram escolhidas e, Pollini foi a primeira brasileira a ser selecionada. Agora ela compartilha com a gente essa e outras experiências que enriquecem sua trajetória.

Quando você criou o Brand Lovers, quais eram seus objetivos?

Quando criei o Brand Lovers a meta era simplesmente indicar o produto de beleza ideal para cada pessoa com base em inteligência artificial. Pensávamos em resolver a dor do consumidor final, que ficava frustrado em muitas vezes comprar produtos que não funcionavam para ele. Naquele momento, nossa forma de monetização era uma comissão de vendas.

E hoje, seus planos mudaram?

Hoje o Brand Lovers é o app que indica o produto de beleza perfeito para cada pessoa, através da inteligência artificial. Ao navegar é possível descobrir os itens adequados às suas necessidades e características, compartilhar opiniões e dicas com outras pessoas e até comprar. É um app gratuito que está disponível na Apple Store e Google Play. Mas com base no que aprendemos no mercado de beleza expandimos para outras indústrias, o que nos abriu portas com grandes clientes corporativos. Já temos parcerias nacionais e internacionais para desenvolvimento de aplicativos inteligentes em vários segmentos, e a ideia é entrar em mais países usando a tecnologia do Brand Lovers. Além disso, parte da inteligência artificial do Brand Lovers deu luz ao Feedback House, um outro produto que estamos trabalhando hoje.

O que é o Feeedback House?

Trata-se de uma plataforma de feedback contínuo para times, para as empresas desenvolverem seus times em tempo real e reduzirem a rotatividade de talentos. Tudo isso ouvindo seus clientes, através da mesma tecnologia usada no Brand Lovers. No Feedback House indicamos treinamentos e competências a serem desenvolvidas por funcionários da empresa-cliente, com base nos feedbacks recebido e no histórico tanto do funcionário quanto da empresa. É o mesmo sistema de indicação com base no que a pessoa precisa.

Então a forma de monetização mudou?

Sim. Antes ganhávamos dinheiro com a venda dos produtos dentro do app. Agora o app funciona apenas como o serviço de recomendação, e não cobramos nada por isso. Hoje nossa nova fonte de monetização é a comercialização da tecnologia do Brand Lovers, a serem aplicadas no app de outras empresas clientes. Além disso, também monetizamos com o Feedback House, alugando este software para clientes (modelo SAS).

Você imaginava que a empresa se tornaria o que é, hoje?

Sempre sonhei grande, mas obviamente não imaginei que a tecnologia que desenvolvemos para o app Brand Lovers daria frutos, levando nossa empresa para outros segmentos além de beleza, no caso, aviação, e outros países como Estados Unidos.

Você foi a única brasileira selecionada para o programa de Aceleração da Sephora 2017 no Vale do Silício, não é? Por favor, conte como foi essa experiência.

O que me motivou a participar foi o acesso ao conhecimento e a rede de contatos. Estive ao lado de incríveis 9 empreendedoras com histórias de vida que são uma verdadeira lição. Além de ter mentores do USA e Brasil dispostos a mergulhar junto comigo no meu negócio, um verdadeiro privilégio. O programa começou com o bootcamp, que foi uma imersão de 1 semana em San Francisco, onde tivemos acesso a muita capacitação e eu pude entrar no detalhe do meu negócio. A partir daí tivemos muito treinamento à distância, e, no final de outubro estivemos novamente no Vale do Silício para o Demoday, onde apresentamos nossos negócios a investidores, um momento importante para a geração de negócios. Fizemos diversos treinamentos de capacitação, que melhoraram o dia a dia do negócio, tais como SEO, mídias sociais, sustentabilidade, apresentações, modelos de negócios, pesquisa de mercado, etc. E de uma forma bem prática, fizemos contatos com diversas empresas possíveis parceiras e/ou clientes, além de investidores no mercado de beleza.

Qual a sensação de ser a única brasileira escolhida para um programa concorrido?

Fiquei feliz por ver o reconhecimento do meu trabalho, e também por viver um privilégio, uma oportunidade ímpar. A Sephora sempre deixou claro que acreditava em mim como empreendedora e isso é, sem dúvida, muito motivador.

O programa Sephora Stands prega que as fundadoras que passam por seu desenvolvimento, devem se comprometer a incorporar o impacto social em sua missão de negócio de forma responsável. Qual a missão social do Brand Lovers?

Tecnologia foi um marco na minha vida, pois abriu portas, criou negócios e me levou a lugares incríveis. O Brasil é muito deficitário em tecnologia. Nossa missão é capacitar mais jovens e expor a eles o que existe de mais moderno em tech. Para isso, produzimos e compartilhamos conhecimento sobre novas tecnologias com a comunidade. Nossos fundadores também lideram fóruns de tecnologia reactnative no Brasil, como o slackmeetup e conferências.

Qual o principal aprendizado que você teve ao participar dessa iniciativa?

Pessoalmente foi incrível estar próximo e aprendendo com empreendedoras de outros países. A oportunidade de conviver com pessoas superexperientes, que compartilham seus conhecimentos é extremamente enriquecedora. Mas fica claro que não existe diferença alguma entre brasileiros e estrangeiros, o que muda mesmo é a quantidade de investimento disponível fora do Brasil. Para a minha empresa, diria que o principal aprendizado foi em estruturação financeira e modelo de negócios.

Quais seus planos para o futuro?

Ter uma empresa referência em tecnologia inovadora 100% made in Brasil.

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

 

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