“Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas possa mudar o mundo. De fato, foi sempre assim que o mundo mudou”. A frase da antropóloga norte-americana Margaret Mead descreve o espírito de quem se voluntaria por uma causa.
Situações de crise como a que vivemos reforçam o caráter solidário das pessoas. No primeiro ano dela, mais da metade dos adultos do mundo (55%) ajudou alguém que não conhecia, sendo que no Brasil o indicador foi recorde: 63%.
Esses são dados do Ranking Global de Solidariedade, iniciativa da Charities Aid Foundation, representada aqui pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.
Na esteira da solidariedade crescente do brasileiro, a cultura do voluntariado vem ganhando expressividade na rotina das pessoas e, principalmente, das empresas.
Um estudo realizado pelo Itaú Social em parceria com o Datafolha mostra que 91% dos brasileiros consideram o voluntariado importante e 48% fazem ou já fizeram alguma atividade nesse sentido.
Nas corporações, a prática é vista como um investimento na sociedade e está diretamente ligada à consolidação dos valores da empresa.
A relação é um verdadeiro ganha-ganha: a companhia fica mais competitiva e bem-vista, os funcionários fazem o bem e se identificam com os valores defendidos internamente, e a sociedade se desenvolve.
Willian Tadeu Gil, presidente do Instituto Stop Hunger e diretor de Relações Institucionais da Sodexo Benefícios e Incentivos, reforça:
“Como sempre destacamos aqui na Sodexo, de nada adianta uma companhia se basear unicamente no sucesso empresarial que ela alcança. As empresas necessitam deixar um legado importante nas comunidades onde atuam e o voluntariado é uma das formas de construir essa entrega”.
A cultura do voluntariado empresarial passou a tomar fôlego na década de 1990, com a filantropia. Hoje, o conceito é mais amplo e foi alavancado pelos pilares de responsabilidade social, ocupando espaço na agenda estratégica, além de recursos financeiros para permitir que os colaboradores atuem em programas específicos.
O altruísmo e a sensação de capacidade de mudar a realidade social trazem satisfação, autoestima e refletem em bem-estar. Mas os benefícios não se limitam à vida pessoal.
A participação em programas de voluntariado empresarial ajuda o profissional em diversos aspectos, a exemplo de desenvolvimento de competências como liderança, relações interpessoais, resolução de problemas e trabalho em equipe.
“Além disso, a prática nos permite conhecer outras pessoas, profissões e contextos; impulsiona a criatividade e o foco para resolver problemas; nos coloca no papel do próximo e nos dá outros sentidos e olhares para a vida, para o nosso trabalho e para os relacionamentos com os outros.”
Para começar, muda-se o olhar externo em relação à companhia, que passa a ser notada como participativa e responsável.
“Reputação e marca são também ativos que aparecem naturalmente em atividades de responsabilidade corporativa bem estruturadas e com entregas consistentes.”
Segundo Willian, as boas repercussões ainda tornam a companhia mais atraente para outros profissionais do mercado.
E tem mais: internamente, os times formados por funcionários engajados no voluntariado se mostram mais alinhados, com relações mais estreitas, motivados e com grande senso de pertencimento. Os reflexos aparecem nos bons resultados do negócio e na retenção de talentos.
As práticas em prol do bem-estar social na companhia começaram de forma espontânea, a partir dos próprios funcionários, que tiveram o apoio imediato da empresa. E o engajamento cresceu de maneira tão impressionante que hoje 100% dos colaboradores atuam recorrentemente nos trabalhos voluntários.
Há 5 anos, o grande engajamento ainda levou a Sodexo a estender as ações do voluntariado às famílias dos profissionais e também para os clientes, parceiros e fornecedores.
“Está no DNA da Sodexo estimular, discutir e repercutir Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa. Temos um pilar global estratégico chamado Better Tomorrow focado em engajar e entregar impacto positivo onde atuamos”, conta Willian.
Uma atividade da Sodexo já consolidada e reconhecida é o Servathon, a maratona do servir. Todos os anos, entre abril e maio, os voluntários arrecadam alimentos para doar às comunidades onde a empresa atua. A ação se dá por meio do Stop Hunger, uma iniciativa global apoiada pela empresa – a campanha online deste ano já está no ar.
No ano passado, a arrecadação ficou próxima de R$ 300 mil e o valor, que antes da pandemia era usado para a montagem de cestas básicas pelos próprios voluntários, foi usado para emitir os inovadores cartões de alimentação Stop Hunger.
“Neste ano, desejamos arrecadar ainda mais. Sabemos das dificuldades do contexto Brasil, com inflação, instabilidade econômica e volta ao mapa da fome, mas acreditamos muito na força do voluntariado e no engajamento de todos.”
E as iniciativas continuam ao longo do ano. As oportunidades de fazer o bem ficam disponíveis em uma plataforma social da Sodexo e há, inclusive, ações virtuais em outros países que podem ser abraçadas.
Os resultados são animadores: já foram emitidos mais de 60 mil cartões para famílias em vulnerabilidade social e o volume financeiro doado ou investido bateu na casa dos R$ 28 milhões.
“Um número fantástico, demonstrando o quanto, juntas, as pessoas são muito mais fortes e os resultados, exponenciais”, comemora o presidente do Instituto Stop Hunger e diretor de Relações Institucionais da Sodexo.
Muito além de política pública, passou do tempo de equidade racial estar apenas na agenda de responsabilidade social de empresas no Brasil. Saiba o que grandes organizações, como a Sodexo, estão fazendo em prol dessa causa.