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Precisa de um time de tecnologia na sua empresa? A BossaBox tem uma rede de profissionais para desenvolver produtos digitais sob demanda

Italo Rufino - 19 dez 2024
Os fundadores da BossaBox (da esq. para a dir.): Eduardo Koller, Jéssica Muniz, André Abreu e João Zanocelo (foto: Lu
Italo Rufino - 19 dez 2024
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Existe um consenso quando o assunto é transformação digital: o risco de fracassar é alto. 

Há alguns anos, o Boston Consulting Group cravou que 70% das transformações digitais corporativas ficam aquém de seus objetivos, geralmente com consequências profundas na organização. Entre as falhas mais comuns estão a ausência de um bom líder de produto, pouco alinhamento com estratégia de negócios e equipes sem as habilidades necessárias. 

Foi para resolver esse tipo de problema que o paulistano André Abreu decidiu empreender. Desde 2017, a BossaBox oferece consultoria e gestão de montagem de times de tecnologia, produto e design sob demanda, via um modelo chamado squad-as-a-service. André, 27, afirma:

“A essência é ajudar empresas e profissionais de TI a aumentar o impacto positivo de seus projetos, muitos ligados à maneira como nos alimentamos, lidamos com dinheiro e cuidamos da nossa saúde e bem-estar”

Segundo André, um dos diferenciais da Bossa é a agilidade. Entre a demanda inicial e a alocação de um time no cliente, são apenas dez dias.

Hoje, ainda de acordo com o fundador, a BossaBox mantém uma comunidade de 1 000 profissionais qualificados, engajados e conectados prontos para serem alocados. Desses, 180 estão trabalhando no momento. 

“Na média, são profissionais com mais de seis anos de experiência, de 30 a 40 anos, homens e mulheres, das cinco regiões do Brasil. Somente em 2024, foram mais de 20 milhões de reais em remuneração”

O recrutamento dessa comunidade de profissionais — ou “prolancers”, como a empresa os chama — ocorre de forma online, a partir de um cadastro no site e etapas sucessivas de validação para testar aptidões, entender o perfil, a expectativa de remuneração e os objetivos de carreira de cada um.

A BOSSABOX ATENDE DE GRANDES COMPANHIAS A SCALE-UPS

Na outra ponta, a BossaBox tem dois perfis de clientes.

O primeiro é de grandes empresas de setores tradicionais, como Bayer, Unilever, Uol e Gerdau. A contratação se dá pela busca por conhecimento e experiência em métodos ágeis em inovação digital. 

O segundo perfil é de scale-ups, como Housi, Sumup e Grafeno, entre outras, principalmente fintechs. Neste segmento, o que desperta o interesse dos clientes é a compreensão dos meandros de empresas de tecnologia emergentes. 

“O ritmo e as demandas das scale-ups são intensos e, geralmente, as consultorias tradicionais de TI não conseguem acompanhar”

Em todos os casos, além da criação e alocação do time, a BossaBox faz a gestão dos projetos por meio de tecnologia e método proprietários, e cobra dos clientes o custo dos squads, que é o preço dos serviços dos profissionais da sua comunidade, além de uma taxa de gerenciamento de valor não divulgado.

Os contratos costumam ser anuais. Caso o cliente não use todos os serviços e horas contratadas, pode gerar crédito para usá-los posteriormente. 

Desde a fundação, a BossaBox desenvolveu cerca de 150 produtos. Entre os mais recentes estão aplicativos de agendamento de máquinas para uma rede de lavanderias e de gestão de pagamentos e cashback para uma rede de postos de combustível. Ambos os aplicativos foram desenvolvidos com foco no usuário final. 

DE UM INVESTIMENTO INICIAL MODESTO A RECEITAS QUE MULTIPLICAM ANO A ANO 

A relação de André com o empreendedorismo começou ainda na faculdade. Em 2015, ele ingressou no curso de economia na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Pouco depois, migrou para administração e fez disciplinas extras de tecnologia. 

Uma vez que alunos dos anos iniciais não podiam fazer estágio, ele e amigos da faculdade criaram uma empresa de desenvolvimento de softwares, batizada de Bossa iNova. 

“Não havia grandes pretensões, era apenas uma maneira de colocar em prática o que aprendíamos na sala de aula”

Em 2017, o negócio foi selecionado pela FGV Ventures, aceleradora da própria faculdade. Durante o programa, nasceu a BossaBox, com participação de mais dois cofundadores: Eduardo Koller, líder de tecnologia; e João Zanocelo, produto e marketing. Jéssica Muniz, que entrou como estagiária em 2019, também recebeu status de cofounder (em 2021) e hoje é a head de operações.

O investimento inicial, feito pelos próprios empreendedores, foi de 6 mil reais. Com o passar dos anos, a startup acumulou cifras bem maiores. Em 2019, faturou 3,7 milhões de reais. Dois anos depois, alcançou 22,5 milhões de reais em receitas. No período, foram três rodadas de investimento: pré-seed da Redpoint e seed e extensão da Astella Ventures.

Um investimento Série A chegou a ser cogitado, mas os planos mudaram com a queda no mercado de investimentos de risco dos últimos dois anos.  

“Com menos acesso a capital, aprendemos a andar com as próprias pernas, alinhamos processos internamente e reorganizamos a casa com foco no breakeven”

Alcançado no início de 2024, o equilíbrio das contas foi possível graças a mudanças na operação, com o uso de automatização e inteligência de dados para reduzir processos manuais, o que diminui risco de falha humana e horas de trabalho da equipe. 

Outra medida foi a reformulação do processo de vendas, com foco em previsibilidade de receitas e experiência do cliente, do lead ao pós-venda. 

Hoje, em média, a BossaBox leva quatro meses para entregar um produto pronto para o lançamento. Depois, são mais 10 meses de manutenção. O novo processo tem como objetivo aumentar a satisfação do cliente para gerar mais vendas e renovar contratos.

“É fato que as empresas precisam de parceiros de TI. Então, queremos que nos vejam como um fornecedor recorrente, assim como acontece em serviços de assinatura de nuvem”

Para dar conta do trabalho, são 40 funcionários, com jornada integral e remota. André chama a atenção sobre o crescimento do time no último ano. Foram apenas dez contratações (+30%), enquanto o crescimento das receitas se multiplicou. “Demonstra a nossa eficiência e bom uso da tecnologia”, diz. 

Ele conta que costuma palestrar para estudantes na faculdade onde estudou. Aos jovens em dúvida se devem ou não empreender, André sugere seguir em frente e abrir o próprio negócio. Quanto aos que já empreendem, ele ensina:

“As coisas são mais simples do que o nosso cérebro nos faz acreditar. Foque em apenas três itens: entregue valor para o cliente, se comunique bem com o público-alvo e crie uma cultura forte.”

 

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