Revisão de Modelo de Negócios: quando é hora de repensar suas estratégias

Segundo Marcelo Nakagawa, Professor de Empreendedorismo e Inovação do Insper e Diretor de Empreendedorismo da FIAP, o Modelo de Negócio de uma empresa é a forma como ela atua e como sustenta vantagens competitivas de forma lucrativa, atendendo as expectativas dos seus stakeholders (pessoa ou grupo que fez um investimento ou tem ações ou interesse em uma empresa). “Em última instância, como a empresa ganha dinheiro de forma sustentável”.

Mas diversos fatores podem motivar ou inspirar a revisão do modelo de negócio de uma organização. “Os principais motivos podem derivar do esgotamento do modelo atual percebidos como a redução ou retração das vendas ou lucros, perda de participação de mercado, enfraquecimento da marca, mudanças do comportamento do mercado, surgimento de competidores com melhores propostas de valores ou mesmo a consolidação de uma nova tecnologia disruptiva. Já as fontes de inspiração para a revisão do modelo atual de negócio podem ser percebidas no sucesso de um negócio similar de outra região, mercado ou mesmo indústria, na capacidade visionária dos empreendedores do negócio ou na adoção pioneira de uma tecnologia emergente”, explica.

Quando é hora de rever

Para Marcelo, os sinais mais claros que acendem a luz amarela e indicam que o modelo de negócio atual já não mais funciona e que precisa ser revisto são: queda ou estabilização das receitas mesmo diante do aumento dos esforços de marketing e vendas, indiferença do cliente em relação a escolha da sua marca, produto ou serviço, quedas contínuas da margem operacional mesmo com aumento dos investimentos, surgimento de concorrente com melhor proposta de valor, entre outros sinais.

Seis dicas para uma Revisão de Modelo de Negócios realmente assertiva

A revisão do modelo de negócio começa com as reflexões mais básicas sobre a missão (o propósito da empresa existir) e a visão (onde a empresa quer chegar em um horizonte definido de tempo).

Depois, é preciso fazer uma análise do cenário atual e futuro do seu mercado, considerando a concorrência (Análise de 5 Forças de Porter – Concorrentes atuais, concorrentes substitutos, força dos clientes, novos entrantes e força dos fornecedores), das forças de mercado (Análise PEST – Impactos da Política, Economia, Sociedade e Tecnologias no seu negócio) e das tendências de mercado (como a necessidade atendida atualmente pela empresa irá evoluir nos próximos anos).

Em seguida, é possível rever a proposta de valor atual da empresa. A ferramenta Canvas da Proposta de Valor é muito útil nesta situação.

Com a atualização da Proposta da Valor, atualiza-se então o Canvas do Modelo de Negócio.

Por fim, define-se as prioridades e otimizações que serão implementadas.

“Ter um consultor externo, mesmo que seja algum conhecido com conhecimento mais avançado em planejamento e desenvolvimento de negócios, sempre ampliará as discussões e fortalecerá as definições, além de ser um agente externo de cobrança dos resultados no futuro”, aconselha Marcelo.

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!