As muitas revoluções do carro que dirige sozinho – O esforço que o Google está fazendo em promover a ideia de um carro autônomo, e a incrível tecnologia que está empregando nela, é a contribuição tecnológica mais incrível da empresa desde a invenção do próprio motor de buscas, na minha opinião. Porque o carro autônomo (que tem um primeiro protótipo bem simpático, como você vê na imagem) não é apenas um carro que executa o truque de andar sem ninguém ao volante. O impacto dele pode ser muito mais profundo, se entendermos bem o conceito e a sociedade em que ele se insere, como explica o sempre excelente Om Malik, neste belo texto da Fast Company:
E se a sociedade evoluísse, da mentalidade de ter veículos para a de alugá-los, sob demanda? E o que aconteceria se o seu veículo se tornasse apenas mais um nó na rede, onde a nuvem fornece inteligência e serviços?
Da mesma forma que a gente deixou de lado a “posse das músicas” para ter o acesso mais fácil às canções que gostamos – argumenta Malik –, a gente pode rapidamente largar a ideia de ter um carro se uma rede de coisas que nos levam de um lugar pra outro (e coisas até a gente) for mais eficiente. E a sociedade que emerge disso é potencialmente distinta da nossa. É uma leitura fascinante.
Um app para evitar a gripe – As pessoas estão cada vez mais acostumadas a checar o smartphone para ver como está o clima da cidade e planejar o dia ou as roupas. O que a gente faria se soubéssemos que há muita gente com gripe – ou intoxicação alimentar – na nossa área? Honestamente não sei, mas é uma ideia tentadora. E ter essa informação é justamente a ideia do novo serviço Sickweather, que usa informações diversas de buscas e redes sociais (tipo pessoas falando “que gripe dos infernos” no Facebook) para tentar compor mapas de potenciais contágios, bem antes dos serviços públicos. O Pando traz a história do aplicativo, da ideia à implementação, e como eles acabaram de levantar 350 mil dólares no site de investimento colaborativo AngelList.
A história de Tallis Gomes, criador do Easy Táxi – Com apenas 27 anos, o mineiro já tem no currículo a criação de um serviço que tem 200 mil taxistas cadastrados e 10 milhões de usuários espalhados por mais de 30 países. O que eu aprendi nessa boa entrevista ao jornal Zero Hora com ele é que o Easy Táxi é a terceira startup do cara. Ele já é um empreendedor bem experiente, e compartilha algumas lições:
No meu segundo negócio, em que falhei, tive um dos maiores aprendizados na minha vida, sobre timing: você pode ter o melhor produto do mundo, se não está na hora certa, você vai falhar.
O Catarse ganha o Oscar brasileiro das HQs – O site de crowdfunding está revolucionando o mercado de quadrinhos no Brasil, e o reconhecimento veio no último festival HQMix, com esse belo troféu-Niquel-Náusea aí de cima. No seu blog, o Catarse agradece “a cada um dos realizadores dos mais de 100 projetos da categoria. A cada um dos 15 mil apoiadores que juntos levantaram mais de R$ 1,4 milhão.” Quatro projetos financiados através do Catarse também levaram prêmio, como O Monstro, de Fabio Coala.