Tecnologias obsoletas
O Gizmodo ouviu alguns especialistas para entender quais tecnologias tendem a se tornar obsoletas nos próximos 50 anos. Peter Norton, professor Associado de Ciência, Tecnologia e Sociedade na Universidade da Virgínia, acredita que as velhas tecnologias raramente desaparecem. Ele cita que o homem já foi para a Lua, inventou as mídias sociais, os patinetes elétricos e, no entanto, em pleno 2019, ele continua a usar giz em um quadro negro na sua aula da faculdade. Será que 50 anos atrás alguém não teria previsto um equipamento melhor? (Não adianta citar os pincéis para quadros brancos). E complementa:
“Chamamos algo de obsoleto quando uma inovação torna esta coisa inútil. Mas isso realmente acontece? O aspirador de pó não tornou a vassoura inútil. O automóvel não tornou a bicicleta inútil. O avião não tornou o trem de passageiros inútil. Na verdade, nos três casos, a tecnologia mais antiga era superior em alguns aspectos importantes – o que explica a sua sobrevivência”
Já Amy E. Slaton, professora de História na Universidade de Drexel, diz que daqui meio século, os sistemas de transporte coletivo devem perder força sobre os formuladores de políticas, planejadores e engenheiros. “Talvez carros sem motorista de propriedade particular ganhem sua atenção nesse cenário.” Thomas Haigh, professor Associado de História da Universidade de Wisconsin Milwaukee, é mais irônico. Além de apostar que os smartphones serão substituídos por óculos ou relógios, sua previsão mais forte é de que a gravata se tornará obsoleta! “Ela já existe há muito mais tempo do que a maioria das tecnologias de consumo.” Leia outras previsões no link acima.
Era tudo fake?
Nem tudo o que reluz é ouro, no caso, bitcoin. Um novo estudo do Journal of Finance descobriu que o caso das criptomoedas que valorizaram em US$ 20 mil da noite para o dia há dois anos foi uma estratégia de um hacker operando de uma única conta no Bitfinex (na época a maior bolsa de moedas digitais do mundo). Como reproduz no link acima o Washington Post, o criminoso teria utilizado a criptomoeda tether, que estava atrelada ao dólar, para aumentar a demanda por bitcoin após sua queda. O esquema pode ter envolvido executivos da Bitfinex e da própria Tether.
All the lonely people where do they all come from?
Poderia ser um trecho de Eleanor Rigby, dos Beatles, ou o resumo da saga dos fundadores. Afinal, quem nunca ouviu que o topo é solitário? Mas calma, não precisa se desesperar. Wil Schroter, CEO do Startups.com, escreve que, à medida que uma pessoa sobe de cargo e se torna líder, ela acaba tendo cada vez menos pares diretos, o que cria esse sentimento de solidão ou desconexão com o que os funcionários estão fazendo. Uma de suas dicas é procurar outros fundadores para desabafar sobre suas dificuldades ou mesmo mentores. Além disso, desenvolver relacionamentos — principalmente dentro da sua empresa — que não tenham necessariamente a ver com o trabalho. Leia mais no link acima.
O preju causado pelo Uber
O fundo de investimento SoftBank levou um baque daqueles. Teve a primeira perda em 14 anos por conta do Uber. Foram US$ 6,5 bilhões no último ano, de acordo com o relatório trimestral da empresa. A notícia veio em um momento delicado para Masayoshi Son, fundador do grupo japonês, já que ele que ainda tenta “ajeitar a casa” no WeWork, uma das outras companhias investidas, que cancelou seu IPO e teve problemas de gerência, o que levou, inclusive, à demissão de seu CEO, Adam Neumann. O Business Insider (link acima) repercute a entrevista de Son à revista japonesa Nikkei Business sobre os resultados do Uber e WeWork: ” Estou envergonhado e impaciente. Afinal, olhando para o crescimento de empresas nos Estados Unidos e na China, há uma forte sensação de que isso não é suficiente”.