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Sobre a importância de aprender com a experiência do outro em um ramo carente de modelos de negócio

Ana Viana - 10 set 2015
Para as empreendedoras, 2015 é um ano de reconhecimento do espaço que criaram ao longo desses dois anos no mercado. Neste período, foi preciso reorganizar a casa com a ajuda de uma coach. (Foto: Felipe Bastos)
Ana Viana - 10 set 2015
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Por Ana Viana

Há dois anos nós criamos o Buji – uma empresa de decoração diferente, com foco no reuso de peças e materiais que o cliente tem em casa. A ideia deu certo e rapidamente nos vimos rodeadas por empresas feitas por pessoas que “trabalham com a disrupção em uma mão e com um propósito de vida na outra”. Estávamos nos inserindo na poderosa rede da Nova Economia. Mas, mesmo nossa história tendo dado muito certo por um lado, por outro foi preciso aprender a como lidar com questões empresariais práticas, para as quais a maioria de nós criativos não fomos preparados e que nem sempre são simples, fáceis ou prazerosas. Foi quando começaram a pipocar em nossas timelines os vídeos e textos do Projeto Draft.

Nesses vídeos e textos extremamente bem cuidados, empreendedores falavam abertamente das mais diversas e pertinentes questões – um aprendizado constante para nós que atuamos em um ramo carente de modelos de negócio e cujos parâmetros estamos construindo com a nossa própria vivência. Não tardou para que o Draft se tornasse uma das publicações favoritas e para que surgisse uma vontade: ser um dos cases do projeto ao lado de tanta gente inspiradora, pessoas que buscam fazer algo grande, relevante, com potencial para mudar tudo em volta para melhor.

Este ano fomos chamadas para uma entrevista e, a partir daquele momento, ficou claro pra gente o porquê de a plataforma ser tão genuína: não recebemos nenhum roteiro prévio de perguntas. De forma inspiradora, ligaram a câmera e nos deixaram livres para contar a nossa história, sem forçar a barra. Desse nosso “todo, completo, inteiro” selecionaram cuidadosa e caprichosamente o essencial para entusiasmar outras pessoas com aquilo que tínhamos de mais precioso: nosso aprendizado.

Ter a nossa história publicada no Draft de forma tão verdadeira foi importante para nós não só porque nos posicionou como empreendedoras criativas e conscientes do caminho que escolhemos, mas também porque nossa entrevista chamou atenção de outros veículos de mídia e também de pessoas que trabalham com conteúdos de marcas.

Isso demonstra que o Draft é hoje não apenas uma “referência editorial e ponto de encontro para a comunidade de realizadores”, como se propõe, mas é também uma fonte de inspiração para aqueles que estão acostumados com os modelos tradicionais de economia, mas que já perceberam a relevância da nossa geração de fazedores.

Se objetivo do Draft é “dividir e assim somar e multiplicar”, ficamos felizes em fazer parte dessa conta. E desejamos que mais e mais histórias reais sejam contadas para continuar nos inspirando. Feliz aniversário! 🙂

 

Ana Viana, é formada em Letras, já trabalhou como revisora e hoje empreende ao lado de Bárbara Ávila. Elas são sócias e donas da Buji, uma empresa de decoração, organização e reúso. 

 

 

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