Storytelling. A palavra significa contação de histórias mesmo – e essa é provavelmente a técnica mais valiosa que existe para transmitir valores humanos e significados. Quando uma marca conta histórias para seus consumidores, podemos até ser ainda mais específicos e chamar isso de Brand Storytelling. Com as dicas que preparamos com ajuda da Patrícia Weiss, uma das maiores especialistas no assunto, você vai entender o que é isso, como sua empresa pode se beneficiar desta arte e, claro, saber como usá-la corretamente. Vamos lá?
1. Storytelling não é publicidade nem marketing
Nada impede que você use técnicas de contação de história numa campanha de marketing, na publicidade, na embalagem do seu produto ou onde mais quiser. Mas esses conceitos são diferentes e o melhor uso que você pode fazer do storytelling, como veremos, está em outro tipo de estratégia.
Por exemplo: um anúncio de um bolo caseiro, contando o que o bolo tem de especial, quanto custa e onde pode ser encontrado, é uma publicidade, independente do meio em que esteja publicada e mesmo que contenha uma história como parte do conteúdo. Já o storytelling é a contação de uma história, que, de preferência, não deve vir associada à publicidade. O propósito é diferente. A mesma empresa que fabrica os bolos caseiros pode produzir, por exemplo, uma narrativa contando a história pessoal do fundador da empresa, de como a ideia surgiu, sem o objetivo que a publicidade tem de vender alguma coisa. Estamos falando de territórios diferentes.
Dica: Publicidade e marketing são ferramentas de persuasão e venda. São o que a empresa quer dizer sobre si mesma para quem estiver disposto a ouvir, sempre com o objetivo de alcançar melhores resultados. Já o storytelling é aquilo que o público deseja ouvir. Conhecer a audiência é importante para a publicidade e para o marketing, mas, para o storytelling, é indispensável. É preciso conhecer o seu público a ponto de saber que histórias ele deseja acessar.
2. O protagonista é a própria audiência
Engana-se quem pensa que o herói do storytelling é a marca. Para contar uma boa história, você precisa entender que o protagonista dela é o seu público. É por ele que você deve começar. As melhores histórias são sobre pessoas, não sobre marcas. Por isso, é preciso entender que storytelling é uma ferramenta que a sua marca pode utilizar para se conectar emocionalmente com as pessoas, e não para importuná-las com algo que não lhes interessa.
Dica: As pessoas consomem e compartilham storytelling pelo mesmo motivo que indicam um filme ou uma série: porque elas curtiram a história! E as pessoas curtem histórias que tenham personagens com os quais elas se identificam, nas quais elas se sentem no lugar do protagonista. É por isso que os protagonistas das suas histórias devem ser alinhados ao que o seu público quer ouvir. Histórias de superação como a do fabricante de bolos caseiros que perdeu o emprego e se recuperou com o talento para fazer bolos deliciosos (e saber vendê-los) tendem a gerar empatia e ser bem sucedidas.
3. O segredo do sucesso está na verdade
Foque no significado que sua história vai passar, na relevância dela para as pessoas e na verdade. Não adianta querer alcançar sua audiência com a história que ela quer ouvir se esta história não for verdadeira, não combinar com o que sua marca tem a dizer. Sua história é feita para pessoas reais, com valores, sentimentos e anseios reais, então ela também precisa ser real para que você alcance uma conexão verdadeira. A força do storytelling está na vulnerabilidade dos personagens, na narrativa original e autêntica que gera identificação e se relaciona diretamente com as pessoas.
Dica: Ao consumir uma história, o público se coloca no lugar do protagonista se o personagem tem características que despertem empatia desse público. Se sua empresa pode contar uma história que seja verdadeira ou transmita os valores reais da empresa – mesmo que seja ficcional –, você tem um bom storytelling em mãos.
4. Propósito da empresa + busca da audiência = sucesso!
Aqui, o melhor caminho é falar da essência da sua marca. Cada vez mais, as pessoas buscam marcas com propósito, que representam anseios da sociedade e ousam transformar a cultura.
Esta é a grande revolução no marketing hoje: quando uma marca realmente se coloca no lugar das pessoas e assume o compromisso de representá-las e catalisar conversas reais, com significados e propósito. Fazendo isso corretamente, você vai conquistar mais do que o tempo e a atenção das pessoas: vai conquistar também a confiança e a parceria delas.
Dica: Preste atenção em grandes marcas e veja como elas fazem para mostrar seu propósito a partir de uma história. Mostrando seu propósito, seus valores e o papel da marca com as necessidades do mundo, elas afetam as pessoas porque faz com que o público enxergue melhor algo que pode mudar suas vidas.
5. Saiba contar sua história
Além de saber o que contar, por que contar e para quem contar, é importantíssimo saber como, onde e quando contar. Busque técnicas de jornalismo e escrita criativa para saber como contar melhor suas histórias – ou contrate bons profissionais da área. Além disso, recomendamos que você siga as seguintes dicas:
Consultoria: Patrícia Weiss, Chairwoman da Branded Content Marketing Association – the BCMA South America e Head e Consultora Estratégica de Brand Storytelling, Branded Content & Entertainment, Brand Purpose & Culture na ASAS.br.com.
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