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SXSW 2015 – o melhor do dia #5

Filipe Callil - 18 mar 2015 Astor Telled do Google X, no SXSW .
Astor Telled do Google X, no SXSW : palco cheio de ideias, plateia lotada de interessados.
Filipe Callil - 18 mar 2015
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Não dá para ir a uma convenção de tecnologia e inovação e não bisbilhotar o que os grandões andam fazendo. Por isso, ontem, comecei a maratona SXSW de olho nas novidades de quem mais entende do assunto: o Google. Mais de duas mil pessoas, incluindo eu, foram ao Convention Center, em Austin, Texas, para assistir o keynote de Astro Telled, cientista à frente do Google [X] – o braço “secreto” da empresa focado em invenções mirabolantes (o Google Glass, por exemplo, foi desenvolvido lá).

Telled falou sobre o avanço de alguns projetos já divulgados anteriormente, mas que realmente prometem revolucionar a maneira como vivemos. Segundo ele, o grande desafio dessa inovação toda não está nos estudos da física, mas sim na quebra de paradigmas da humanidade.

AFINAL, QUEM IRIA PENSAR EM COMPRAR UM CARRO QUE DIRIGE SOZINHO?

O Google Driverless Car faz isso? Sim, faz. No presente. Ele ainda não está à venda, mas diversos testes já foram realizados e logo iremos vê-lo pelas ruas. Telled enfatizou que o automóvel representa acessibilidade e segurança para a sociedade ultra moderna (este vídeo mostra o veículo sendo utilizado por um passageiro cego) e concluiu o raciocínio com uma provocação:

“As pessoas estão se tornando um perigo no trânsito. Já é comum vermos motoristas mexendo no celular enquanto dirigem. Imagina no futuro quando existirem milhares de distrações?”

Outra pesquisa bem interessante do Google [X] é o Project Loon, que nasceu com a ousada missão de levar conexão à internet a alguns dos locais mais inóspitos do planeta. A tecnologia é bem “simples”: balões flutuam na estratosfera, a mais de 30 mil metros da superfície da Terra (duas vezes a altura em que os aviões cruzam os céus), fornecendo conexão para milhares de pessoas. Talled deu uma aula de física e ciência quando contou sobre os primeiros testes práticos que aconteceram, em 2013, na Nova Zelândia. Apesar de se moverem com o vento, os balões foram projetados com algoritmos extremamente complexos que determinam onde eles devem ir.

Assim que a palestra  acabou, o mesmo auditório recebeu dois outros importantes profissionais dos EUA: o popular jornalista Dan Rather, ex-apresentador do canal de TV CBS, e o seu xará Dan Pfeiffer, consultor de comunicação e estratégia digital do Presidente Obama. O assunto dessa vez era o Snapchat, empresa do aplicativo de compartilhamento de arquivos temporários que ainda gera muita discussão entre órgãos do governo. Durante o papo, os dois concordaram que tem se tornado impossível, até mesmo para a Casa Branca, controlar as informações compartilhadas socialmente no ambiente digital.

Hardware no SXSW (foto: divulgação)

Hardwares que estimulam novas experiências virtuais são tendências de um futuro cada vez menos distante (foto: divulgação SXSW).

Na sequência, decidi que era hora de mudar o foco e ir atrás das novidades de quem ainda está começando. Depois de rodar por quase uma hora no trade show, onde centenas de startups estão expostas, fica bem claro que a maior parte delas trabalha no desenvolvimento de hardwares: câmeras 360˚, óculos de realidade virtual, carregadores universais que funcionam com tecnologia Wifi… São inúmeras perspectivas mostrando que agora, depois da democratização de conteúdos, nós caminhamos para uma vida digital baseada na geração de experiências virtuais. Um futuro cada vez menos distante.

Para não perder o costume, terminei a noite na Casa Brasil, a última da sede brasileira no SXSW. A Apex-Brasil, que liderou as reuniões de negócios durante os últimos cinco dias por aqui, encerrou os trabalhos em grande estilo: com shows de Rashid, Silva, Autoramas e Apanhador Só. As performances puderam ser acompanhadas ao vivo na minha startup, a ClapMe.com.

 

Apesar de a Apex já ter deixado o SXSW 2015, eu sigo por aqui até sexta. Amanhã eu não publico, mas na sexta trago um novo texto, com mais novidades e minha avaliação de tudo que rolou. Até lá!

 

 

Filipe Callil é sócio do ClapMe que também faz parte das 57 empresas brasileiras do SXSW.

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