O mundo está diante de um desafio colossal: deter a pandemia da COVID-19. Além do custo impagável da perda de vidas, o novo coronavírus traz o risco do colapso dos sistemas de saúde e um tsunami econômico que ameaça sobretudo os trabalhadores autônomos e a sobrevivência das pequenas e médias empresas.
Esse cenário tem exigido reações rápidas de empreendedores. A aceleradora Troposlab é uma de várias startups que abraçaram o trabalho remoto para conter o vírus e resguardar a saúde dos funcionários. “A COVID-19 tem unido as pessoas com sentimentos de incerteza e insegurança”, diz Renata Horta, cofundadora.
Tranquilizar colaboradores e clientes é parte importante dessa nova rotina, e pede um cuidado para não deixar o time, por exemplo, se sentir muito isolado:
“Estamos nos esforçando em encontrar novos rituais para nossos valores culturais — para lidar com o isolamento, tentamos criar espaços no dia a dia para que as pessoas se encontrem online e possam falar de seus sentimentos e reconectar o time.”
Nesse momento de crise, explica Renata, cada projeto em andamento tem sido colocado sob escrutínio:
“Precisamos rever todos os nossos projetos, avaliando se é possível alcançar os resultados esperados em novos modelos, renegociando, redesenhando processos… Essas ações exigem criatividade, flexibilidade, capacidade de análise, empatia e foco. Exigem que sejamos muito empreendedores, não só empresários”
Em paralelo, é fundamental identificar o impacto gerado pela pandemia no negócio, e reajustar planos e investimentos de acordo.
“Isso nos leva às ações estratégicas: reavaliar nossos produtos, nossa abordagem comercial para esse período, as contratações… Enfim, o caminho que nos leva aos objetivos do ano e de longo-prazo.”
Manter um canal sempre aberto para opiniões relevantes ajuda a trilhar esse caminho incerto com mais segurança:
“É importante ouvir o Conselho, [ouvir] outros empreendedores, ter um diálogo muito claro e equilibrado entre sócios e lideranças, escutar todas as partes para aumentar a probabilidade de sucesso de nossas decisões em um cenário tão novo”, diz Renata.
REUNIÕES AJUDAM A ENTENDER SE O TRABALHO REMOTO ESTÁ FLUINDO
O home office virou prática inevitável em tempos de estímulo ao distanciamento social. Desde segunda-feira (16), nenhum funcionário mais pisa no escritório da D1 (ex-Direct One), plataforma de gestão de jornadas com sede no Brooklin, em São Paulo.
“O departamento comercial foi o que precisou se adequar mais ao fato de não poder visitar os clientes, já que o nosso tipo de venda, para grandes contas e empresas, é uma venda muito mais ‘touch’”, diz Fernando Steler, CEO. “Precisamos torná-la menos presencial, também passando a ser remota.”
Remotamente, a empresa intensificou o ritmo de reuniões internas. Uma delas, que antes era semanal, agora ocorre todos os dias, e ajuda a verificar o que está dando certo (ou não):
“Todo mundo fala e participa, a gente entende quais são os desafios, se o trabalho remoto está fluindo, se existe algum funcionário com os sintomas [da COVID-19] para dar apoio, se alguém ou algum cliente está precisando de alguma coisa”
Fernando diz que os efeitos econômicos da pandemia ainda não se abateram sobre a D1. Como seu negócio ajuda empresas a se tornarem mais digitais (o que implica em redução de custos), ele crê que a demanda pode até aumentar. No entanto, por ora é cedo para cravar os próximos passos.
“Fizemos uma espécie de comitê de crise e temos alguns planos para diferentes cenários”, diz. “Entendemos que [neste momento] precisamos viver um dia após o outro.”
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