Um ano de Academia Draft. Muito obrigado!

Adriano Silva - 24 nov 2016
Um ano de Academia Draft: 30 aulas, 700 alunos e a alegria de tornar gente do calibre de um Romeo Busarello acessível a um número maior de pessoas
Adriano Silva - 24 nov 2016
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Começamos às 20h, como sempre.

As aulas começam às 20h porque esse é o horário em que abrimos as transmissões, com o streaming luxuoso da Vocs conectando quem está em casa, gente espalhada por todo Brasil.

Mas presencialmente começamos às 19h30. Meia hora de networking. De reencontros, apresentações, troca de cartões.

A aula termina oficialmente às 22h, porque é o horário em que encerramos a transmissão. Mas quem está na aula presencial fica pelo menos mais meia hora de bate-papo, embalado pelas bebidinhas e pelas comidinhas – ah, os snacks da Farofa.la

Foi assim ao longo do ano. Geralmente às segundas. Às vezes, às terças também.

Como nesta terça, 22 de novembro. Aula de Romeo Busarello na Academia Draft. A segunda aula de Romeo conosco. Um show, como sempre. Grande conteúdo muito bem embalado.

Mãozinhas para cima na segunda aula de Romeo Busarello na Academia Draft. Ano que vem tem mais!

Mãozinhas para cima na segunda aula de Romeo Busarello na Academia Draft. Ano que vem tem mais!

 

Começamos com isso em fevereiro. Queríamos oferecer conhecimento de modo presencial, e informação no formato de educação – e não apenas de modo remoto, no formato de comunicação.

Queríamos gerar um encontro físico para o compartilhamento de ideias, histórias, cases, angústias, insights. Para a discussão de caminhos, hipóteses, questionamentos, hackings de empresas, de negócios, de carreira e de vida.

Surgia a Academia Draft. Uma extensão do Projeto Draft. Uma tentativa, um MVP, um projeto, um desejo, um sonho que conseguimos trazer até aqui, quando novembro faz a curva e anuncia que o ano já acabou.

(Atravessar um ano como o de 2016 e chegar vivo ao final é uma vitória para qualquer negócio – em especial para uma startup atuando no competitivo mercado de educação, no oceano vermelho dos cursos livres.)

Nossa ideia, nossa visão, era construir uma espécie de ágora grega, um lugar aberto, horizontal, informal, “um lugar para quem cultiva a inteligência – a sua e a dos demais. Para quem tem a mente aberta. Para quem adora conhecer mais. Para quem não vê diferença entre instrução e divertimento. Para quem gosta de confrontar as próprias certezas com outros jeitos de ver e de fazer e de pensar. Para quem curte a proximidade com tudo aquilo que nos surpreende e nos provoca”, como escrevemos em nossa Missão.

Ministramos 30 aulas ao longo de 10 meses. De gente como Leandro Beguoci, Camila Holpert, Pyr Marcondes, Brenda Fucuta, Mario Fioretti, Herman Bessler, Jaakko Tammela, Rogério Oliveira, Caio Dib, Maximiliano Carlomagno, Paulo Roberto Al-Assal, Dagomir Marquezi, Edu Vieira.

Estivemos no House of Learning, do super Wolfgang Menke. Estivemos no Project Hub, do grande Lucas Foster. Agora a Academia Draft está na Unibes Cultural, contando com a parceria e com a simpatia da Elaine Vieira.

Também levamos a Academia Draft para o Rio, em parceria com o Templo, do bardo Herman Bessler, onde contamos com a operação e o entusiasmo do Erik Rodrigues.

Romeo, VP de Marketing da Tecnisa, e um dos maiores inovadores corporativos do país, além de um dos melhores professores em ação no Brasil, atraiu, nessa sua segunda passagem pela Academia Draft, quase 50 pessoas para a aula presencial. E mais umas 20 para a aula virtual.

Quando cheguei à sala – a biblioteca, no segundo andar da Unibes, dando vista para o belo skyline de São Paulo – às 19h40, Romeo já estava microfonado, com o PPT aberto e mandando brasa há vários minutos. Faltavam ainda chegar umas 10 pessoas. Uma baita aula – antes mesmo da aula começar. Pergunto a Lu Ferreira, COO da Academia Draft, se ele sabe que a aula só começa às 20h. Ela sorriu que sim. Então Romeo deu um “chorinho” prévio de quase 30 minutos, quase uma aula extra. (Se combinássemos que só sairíamos dali à meia-noite, ou no outro dia de manhã, Romeo teria repertório e energia para manter todo mundo ligado em sua charla de “alta octanagem”.)

Ensinar é um ato de amor. Ouvi isso uma vez. E concordo totalmente. Quem está no palco não está ali apenas para ser visto e admirado – está ali, principalmente, para se doar, para dar de si.

Vejo isso em Romeo. Uma aula é um espetáculo. Ao qual Romeo se dedica – contratou uma fonoaudióloga só para isso, aquece a voz, descansa antes, come duas maçãs, toma um litro de água.

Organizar o próprio pensamento e as próprias experiências de modo a entregá-las como provocação, como aprendizagem, como inspiração para desconhecidos, é um exercício de profunda generosidade. Assim com a performance em si – estar no palco, falando, gastando energia na escala máxima, transpirando, gesticulando, conectando o olhar e o sentir e o pensar da plateia é, sempre, um gesto de entrega, de doação.

Antes da Lu abrir oficialmente a transmissão, pontualmente às 20h, peço licença para dizer que umas palavras de agradecimento. (Peço novamente essa licença aqui, a você.)

Agradeço ao Romeo, por estar ali conosco – pela segunda vez. E em seu nome, agradeço a todos os professores que estiveram conosco.

Agradeço aos presentes e aos participantes virtuais, pela presença – e, em seu nome, a todos os mais de 700 alunos que estiveram conosco ao longo ano.

Todo empreendedor em algum momento (todo dia ao acordar?) se pergunta por que diabos está empreendendo, botando aquela bola na frente só para ter que correr atrás dela feito louco para alcançá-la antes que ela se perca pela linha de fundo, arrumando aquela sarna extra para se coçar, inventando mais problemas para resolver, recusando a zona de conforto em nome de encarar o desconhecido, o que não controlamos, o que não conhecemos.

Todo empreendedor precisa ter, todo santo dia, uma boa resposta para dar a si mesmo na hora em que esse debate interno se estabelecer.

Com relação à Academia Draft, acho que tenho um par de boas respostas para rebater, dentro de mim mesmo, esses questionamentos, quando e se eles aparecerem.

Muito obrigado por isso – a todos os envolvidos.

Vamos adiante. Sempre.

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