Qualquer um pode ser um grande vendedor? Será que, havendo demanda de público e vontade de trabalhar, qualquer pessoa, das mais tímidas às mais desinibidas, pode empreender? Será que o comércio eletrônico é um terreno apenas para os sorridentes e eloquentes vendedores de enciclopédia ou as ferramentas online democratizaram o “dom” da venda? André Santos, professor de e-commerce na ComSchool e supervisor comercial no Mercado Envios, tem uma boa resposta: “Talvez algumas pessoas possam nascer com o dom da oratória, outras com um charme pessoal natural, outras articulem melhor seus pensamentos, mas não acredito que alguém nasça vendedor”, ele diz. “As pessoas se tornam vendedores por necessidade. É por necessidade que você então descobre que havia um vendedor dentro de você. E, uma vez descoberto o vendedor, é preciso estudar e se preparar.”
André Santos acredita tanto nisso que, paralelamente a seus trabalhos, escreveu Supervendedores do Mercado Livre e outros marketplaces (ComSchool), um livro feito para “mudar pessoas por meio do conhecimento” e “mudar a sociedade por meio das pessoas”, como ele define.
“O fato é que o brasileiro gosta de soluções prontas, porque elas vão de encontro ao nosso péssimo hábito de ler pouco e não se informar”, lamenta. “O e-commerce no Brasil ainda é pequeno, não chegamos a 5% do varejo. Só não crescemos por falta de informação e conhecimento – ou por informações erradas que mantêm as pessoas com medo de empreender. O objetivo do livro é mudar essa realidade.”
Formado em administração, o alagoano André Santos está em São Paulo há 10 anos – a maior parte dos quais trabalhando no Mercado Livre diretamente com vendedores. Com a experiência em feiras de empreendedores e apoio a grandes e pequenos varejistas, Santos foi convidado a preparar um treinamento para realizadores – “uma palestra que compilasse tudo o que eu havia aprendido”. Em 2015, a apostila do curso, de 40 páginas, começou a lhe parecer um excelente ponto de partida para um livro: “Lançar um livro era colocar à prova tudo o que eu dizia a respeito de empreendedorismo”, diz. “As palestras mostraram que havia uma oportunidade, por causa da necessidade de quem quer vender online. Eu tinha habilidade e conhecimento de causa, então, como em qualquer negócio, precisava de um parceiro para a aplicação”. Santos procurou a escola onde dá aula de e-commerce, a Comschool de São Paulo. No final de 2016, o livro estava nas livrarias.
Supervendedores fala sobre o comércio eletrônico na era do marketplace – “um local virtual onde se pode anunciar, vender e comprar”, segundo a definição próprio livro; “o intermediário para que qualquer empresa ou pessoa física desenvolva uma operação de e-commerce com todos os benefícios que um modelo de negócio necessita” – usando o Mercado Livre como exemplo na maior parte de suas páginas. Explica desde passos básicos, como a abertura de uma carteira digital ao gerenciamento das categorias até dicas de divulgação e marketing, como a importância dos vídeos e como editá-los para torná-los mais eficientes. Tudo explicado em detalhes e com muitas imagens.
“A verdade é que as pessoas ainda não entenderam o que significa comércio pela internet. Já atendi vendedor que estava com problemas de estoque e que respondeu que estava “tudo bem, em 15 dias nós vamos repor’, o que é um absurdo completo. Precisei avisá-lo de que ele corria risco de ser rebaixado até que tirasse seu anúncio do ar”, conta André Santos. “As pessoas, por um lado, chegam num marketplace achando que é tudo muito fácil – e é mesmo, o que não descarta a importância do estudo para quem quiser se destacar. Por outro lado, muita gente acha que precisa de muito para empreender na web, o que não é verdade. É preciso dar uma resposta para a democratização das ferramentas – e essa resposta é o preparo, a informação, e é para isso que existe o livro.”
Com o livro, as aulas e as palestras, Santos tem entrado em contato ainda mais efetivo com pessoas que, como ele próprio diz, descobriram os vendedores dentro de si. “Um garoto de 19 anos assistiu a uma palestra e decidiu vender carrinhos Hot Wheels no Mercado Livre. Me disse que o livro mostrou que ele também podia empreender com ‘o pouquinho’ que tinha. Hoje ele já mudou o foco das vendas, trabalha com produtos para cabeleireiros, e está muito bem.” Santos lembra de um segundo caso, de um rapaz que vendia amostra de perfumes importados. Depois do curso de e-commerce, entrou para o comércio de acessórios para veículos. “Há pouco tempo, me procurou para agradecer e dizer que estava faturando 250 mil reais ao ano. Aquilo me impactou demais.”
Atualmente, Santos trabalha na nova edição de Supervendedores que, como seria de se esperar, trará diversas dicas sobre as ferramentas surgidas em dois anos no Mercado Livre e em Mercado Pago – um longo tempo no universo veloz da internet – especialmente a realidade das fintechs e da economia desbancarizada disponível para os empreendedores.
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