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Ela é uma diarista que aceita pagamento no cartão. E, além disso, uma professora, atriz e vendedora de produtos estéticos

Ricardo Alexandre - 10 jul 2018 Ricardo Alexandre - 10 jul 2018
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Se o conceito da campanha #tánamão, que divulga a maquininha Point entre empreendedores dos mais diferentes ramos do comércio, era colocar gente de verdade contando suas experiências diante das câmeras, é ainda mais impressionante saber que a diarista Lauri de Oliveira fez seu texto “em uma tacada só”, como lembra o diretor Ricardo Murdoch. Em alguns segundos, ela resumiu boa parte de sua vida de trabalhadora – e também o que a torna uma personagem tão especial, um retrato do esforço incansável do trabalhador brasileiro. Confira no vídeo abaixo o episódio:

Lauri nasceu há 67 anos no Sergipe, mas foi criada na Bahia. “Meu sonho era trabalhar em fotonovela”, recorda, saudosa. “Eu lia as revistas e era apaixonada por aquilo, queria ser a (atriz italiana) Michela Roc. Mas minha mãe dizia que novela não era coisa de moça direita e eu não podia sequer acompanhar O Direito de nascer na TV Tupi.” Foi ouvindo um programa de serviços no rádio que, em 1969, soube que uma família precisava de empregada doméstica em São Paulo. “Eu vou para lá trabalhar e, com o dinheiro, vou estudar artes dramáticas.” Mas a vida lhe reservou outro destino.

Dedicada, Lauri estudou e acabou fazendo carreira como funcionária pública da área da educação: foi servente de escola e professora. Casou-se, teve dois filhos e viveu na cidade de Jundiaí, a 45 minutos da capital paulista. Seus sonhos ligados à dramaturgia só começaram a tomar forma quando perdeu o marido e se aposentou.

Foi quando finalmente pode cursar teatro, participar de montagens e, paralelamente, complementar o orçamento oferecendo serviços domésticos, tudo com a mesma dedicação e entusiasmo. “Todo trabalho é digno”, diz ela. “Desde que não envolva tirar o que é do outro nem prejudicar ninguém, como fazem nossos políticos. Sendo trabalho, não tem dignidade maior ou menor entre ser executivo numa grande empresa ou varrer a rua, não há diferença”. Pensando assim, Lauri aproveitava para vender produtos de beleza para as patroas que a contratavam como diarista. Foi quando ela passou a ir ao trabalho com uma maquininha Point.
“Aquilo era muito surpreendente”, diz Alice Wolfenson, que trabalhou como produtora na campanha #tánamão e foi responsável pela seleção de personagens. “São raras as empregadas domésticas com essa visão, de ter uma maquininha. Isso já mostra que a pessoa quer crescer e sabe se organizar. Era um ótimo caso de vida para retratar em vídeo.”

Atuar na campanha da maquininha Point, curiosamente, é quase uma junção de toda a vida profissional e os sonhos e expectativas daquela jovem sergipana que veio para São Paulo no final dos anos 1960, tanto de sua experiência como empregada doméstica quanto seu sonho de atuar. “Hoje as pessoas me perguntam sobre como comprar a maquininha, querem entender melhor daquilo”, diz, orgulhosa.

Lauri continua batalhando sua carreira de atriz (“quero muito entrar no ramo dos comerciais!”), enquanto aconselha amigas que estejam buscando empreender com suas ferramentas: “Uma pessoa da minha família está passando por dificuldades”, conta. “Eu já lhe disse: ‘Vamos fazer bolo, vender no horário do café-da-manhã, eu te ajudo a começar e logo você continua. A gente usa a maquininha para não perder aqueles clientes que estiverem sem dinheiro.’ Querendo trabalhar, ninguém fica desempregado!”

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