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Verbete Draft: o que é Essencialismo

Isabela Mena - 23 maio 2018
O Essencialismo ajuda as pessoas a administrarem melhor seu tempo e energia pelo entendimento do que realmente precisa ser executado.
Isabela Mena - 23 maio 2018
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Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…

ESSENCIALISMO

O que acham que é: Uma prática espiritual.

O que realmente é: Essencialismo é um método sistemático para entender quais tarefas (pessoais ou profissionais) precisam, de fato, ser feitas e quais podem ser eliminadas, tornando a execução mais produtiva, objetiva e leve. De acordo com Mônica Moreira, coach profissional e especialista em Essencialismo, o método ajuda na organização e identificação mental, física e comportamental de tudo o que possa estar roubando o tempo e a energia de uma pessoa. “Não se trata apenas de identificar e cumprir ações mas, a partir do autoconhecimento, aprender a validar ‘bom’ versus ‘essencial’.”

O contexto no qual o Essencialismo trabalha é o atual: excesso de informação, opiniões, ofertas, escolhas, caminhos, tarefas. A ideia não é classificar esses pontos como bons ou ruins, mas fazer escolhas baseadas no entendimento de que não é possível fazer tudo, muito menos bem feito. Dessa forma, o Essencialismo visa eliminar não somente atividades mas também angústias.

Master coach, especialista em Essencialismo e fundador e diretor do Instituto Aware, João Gabriel Mattos diz que uma das práticas de aplicação do Essencialismo é a elaboração de uma lista de atividades da semana, com três categorias: urgentes, essenciais e resto. “A partir daí fazemos a seguinte reflexão: urgentes são atividades essenciais que não foram executadas em seu devido tempo e agora precisam ser prioritárias. As atividades essenciais são aquelas que contribuem para que eu alcance meu objetivo, o que não posso ficar sem neste período. Resto é aquilo que não se encaixa em nenhuma das duas outras categorias.”

Em uma entrevista em 2015, publicada na página da Endeavor, o criador do método Greg McKeown disse que para chegar ao entendimento do que é essencial é preciso revisar toda a vida, desde o início. “Pensar com uma perspectiva longa, tanto na direção do passado quanto do futuro é o segredo para perceber o que é essencial. Esse distanciamento do olhar é o que está por trás do pensamento do essencialista. Quem não tem essa mentalidade está apenas reagindo ao próximo e-mail que recebe, respondendo à agenda das outras pessoas”, diz.

Quem inventou: O consultor de negócios e escritor inglês Greg McKeown, no livro Essentialism: The Disciplined Pursuit of Less, também publicado no Brasil como Essencialismo: A Disciplinada Busca por Menos. O livro fez com que o inglês entrasse para a lista de autores mais lidos do New York Times em 2015. Alguns anos antes, McKeown foi eleito um dos Young Global Leaders pelo Fórum Econômico Mundial.

Quando foi inventado: Em 2014, ano do lançamento do livro em inglês. A lista do NYT é de 2015 e o Fórum Econômico Mundial é de 2012.

Para que serve: Aumento da produtividade e alívio do estresse em relação ao excesso de tarefas. Segundo Mattos, o essencialista, ou seja, quem aplica o Essencialismo na própria vida, irá ter resultados mais alinhados com seus objetivos, além de sentir que tem controle sobre o que faz. “Isso porque o método potencializa a competência de fazer escolhas”, afirma.

Moreira diz que a aplicação do método gera um novo diálogo interno que tira as pessoas do nível da indecisão de maneira mais consistente: “A consequência é um empoderamento diante de suas escolhas e a possibilidade de viver momentos de ócio sem culpas ou cobranças”.

Quem usa: O método pode ser utilizado por qualquer pessoa, tanto na vida pessoal como profissional. Moreira diz que o Essencialismo se aplica a pessoas com dificuldades de fazer escolhas, que não sabem dizer “não”, com baixa autonomia, com um nível de autocobrança elevado ou que não tenham clareza sobre seu propósito. “Aplica-se também às organizações que desejam melhorar o engajamento de pessoas”, diz.

Efeitos colaterais: Não há.

Quem é contra: Não há.

Para saber mais:
1) Leia, no site da Endeavor, Essencialismo: Quer ser bem-sucedido? Faça menos!. É uma entrevista feita com Greg McKeown em 2015 por uma jornalista da Exame.
2) Leia, na Forbes, The Art Of Essentialism. A autora conta que desde que assistiu à palestra de Greg McKeown no SxSW (em 2014) quis escrever um texto sobre seu trabalho. Talvez por isso tenha quatro páginas (cheias de dicas práticas).

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