Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…
PROVA DE CONCEITO
O que acham que é: Um tipo de vestibular.
O que realmente é: Prova de Conceito (Proof of Concept, em inglês, ou simplesmente PoC) é o nome que se dá à demonstração da possibilidade de validação de uma ideia (ou conceito), seja na área de TI ou na de negócios. A PoC pode ser aplicada no Produto Viável Mínimo (MVP, de Minimum Viable Product) ou em um protótipo e, geralmente, segue um roteiro de testes.
MVP, vale a pena lembrar, é a versão de um produto-teste a ser lançado contendo apenas a essência do que se está querendo propor, ou seja, apenas o mínimo viável. Pode ser um produto em si, mas também um modelo de negócio, uma função, uma necessidade do mercado. Já um protótipo é uma versão inicial, geralmente de proporções reduzidas, da solução de um sistema (integral ou parcialmente) e construída em um curto período de tempo.
Segundo Almir Meira Alves, professor dos cursos de graduação e MBA da FIAP, Prova de Conceito é a apresentação da solução, parcial ou total, para as partes de um negócio. “Após a apresentação do conceito, é agendado um período de testes, momento em que a aplicação é disponibilizada para o cliente, que realiza esses testes e simula a operação real da solução.”
Quem inventou: Não se sabe.
Quando foi inventado: De acordo com Felinto Júnior, professor no curso de Sistemas da Informação (SI) das Faculdades Integradas Rio Branco, entre os anos 1980 e 1990 muitos pesquisadores e organizações buscaram métodos e formas para melhorarem a eficiência dos projetos, em especial os de TI. “Acredito que a PoC deva ter sido criada nesse período e passou a ser mais utilizada nos anos 2000.”
Para que serve:. As Provas de Conceito são importantes tanto para o cliente como para o desenvolvedor. Este último tem a chance de implementar uma solução em um ambiente real de mercado, no qual todas as variáveis que podem influenciar na solução são apresentadas.
De acordo com Alves, expor a solução ao estresse, ou seja, ao uso dos clientes, é uma chance de descobrir se ela atende a seus desejos. “Os clientes testam, avaliam, criticam e propõem melhorias para as soluções.”
Felinto Júnior diz que as PoCs servem para otimizar os investimentos de tempo ou dinheiro com o desenvolvimento de projetos, em especial os de TI. “Geralmente as Provas de Conceito trazem ganho de tempo e maior assertividade com a implantação do projeto.”
Quem usa: Alves diz que as startups usam as PoCs para conquistar os players das grandes empresas especialmente no ambiente atual da economia criativa. “Já em TI, o uso é generalizado, seja em indústrias, terceiro setor, governo etc.”
Segundo Felinto Júnior, empresas com bom nível de governança e gerência adotam as Provas de Conceito como procedimento regular no desenvolvimento de projetos de tecnologia. “Podem ser bancos, bolsa de valores, empresas de serviços e outras.”
Efeitos colaterais: Possibilidade de inocuidade se houver falta de especificações corretas por parte da equipe de desenvolvimento de projeto.
Quem é contra: Profissionais que enxergam a Prova de Conceito como uma parte que onera e consome recursos do projeto.
Para saber mais
1) Leia, na Forbes, What’s More Important: Your Product Or Proof-Of-Concept? O autor defende a ideia que, para se conseguir investidores, o PoC é ainda mais importante que o produto em si.
2) Leia no Entrepreneur, Show Customers Why They Should Trust You, um trecho editado do livro “No B.S. Trust-Based Marketing”, de Dan S. Kennedy e Matt Zagula que explica formas de Prova de Conceito.