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Verbete Draft: o que é Retail Apocalypse

Isabela Mena - 6 fev 2019
Não é exatamente o fim dos tempos para o varejo, mas ou as lojas físicas se reinventam, ou vão praticamente desaparecer.
Isabela Mena - 6 fev 2019
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Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…

RETAIL APOCALYPSE

O que acham que é: Promoção do tipo “liquida tudo” no varejo.

O que realmente é: Retail Apocalypse (Apocalipse do Varejo, em português) é um termo utilizado para designar a crise enfrentada pelo varejo convencional em função da ascensão dos e-commerces e da mudança no padrão de comportamento de consumo. O problema pode atingir lojas de rua, de departamento, de shoppings centers e, até mesmo, shoppings inteiros, podendo tanto levar ao fechamento de algumas unidades como a de centenas delas, quando não de toda uma empresa. Segundo Cláudio Carvajal, coordenador acadêmico dos cursos de Administração e de Gestão de TI da FIAP, o crescimento das lojas virtuais pode acontecer paralelamente a outros fatores e desembocar no chamado Retail Apocalypse. “Crises econômicas e instabilidades políticas também contribuem para a transformação no setor e o fechamento de muitas empresas”, diz.

Quem inventou: Não há um inventor para o termo, embora acredite-se que tenha sido a mídia norte-americana.

Quando foi inventado: Não há uma data específica, mas o termo se tornou popular a partir de 2017. Apesar de não existir uma única causa nem um único “culpado” pelo Retail Apocalypse, é difícil haver análises em veículos de mídia que não citem, de alguma forma, a Amazon. Um texto do The Guardian, por exemplo, diz que em 2015 a Amazon ultrapassou o Walmart como o varejista mais valioso dos Estados Unidos e que, em fevereiro de 2018, a gigante do varejo online já valia cerca de 2,5 Walmarts.

Principais atingidos: Nos Estados Unidos, a rede de brinquedos Toys”R”Us fechou suas mais de 700 lojas no país e estava negociando as quase 2 mil unidades no mundo todo; as lojas de roupas Gap e Abercrombie & Fitch fecharam centenas de estabelecimentos, assim como as lojas de departamento Sears, Macy’s e JCPenney. No Reino Unido, além da Toys”R”Us, nomes conhecidos como Maplin, Debenhams, House of Fraser, Evans Cycles e Mothercare foram reduzidos ou fechados, com perda de 85.000 empregos nos primeiros nove meses de 2018.

Soluções: Para Rodrigo Amantea, professor de Marketing e coordenador da Educação Executiva do Insper, não há um apocalipse, no sentido de extinção, mas, sim, uma reinvenção do varejo. “Muitas das redes de varejo não estavam sabendo proporcionar uma experiência relevante aos clientes, algo importante hoje em dia, nem como utilizar de novos modelos, como o omnichannel, por meio do qual você compra online, mas retira na loja”, afirma. Carvajal concorda e diz haver uma grande transformação no varejo unindo as experiências on e offline, com uso de tecnologias para melhorar a experiência dos clientes nas lojas físicas e criar sinergia entre elas e seus e-commerces. “Isso traz uma nova perspectiva do processo de compra e experiência do consumidor”, fala Amantea.

Para saber mais:
1) Leia (e veja), na Business Insider, The American retail apocalypse in photos. São várias fotos de varejos fantasmas (assim chamados pelo autor do texto, publicado em janeiro deste ano).
2) Leia, no The Guardian, After the retail apocalypse, what next for the high street? O texto começa dizendo que há quase dez anos já era previsível que muita gente iria preferir comprar sem se locomover.
3) Leia, na Forbes, The Retail Apocalypse Is Not Happening: Why Retailers That Innovate Will Never Go Extinct. Segundo o texto, para que não haja extinção do varejo tradicionais é preciso que as lojas inovem.

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