Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…
SISTEMA ERP
O que acham que é: Sistemas de integração de gerenciamento de empresas grandes.
O que realmente é: Sistema ERP (sigla de Enterprise Resource Planning ou, em tradução livre, planejamento de recursos empresariais) é o nome que se dá a sistemas de computação e pacotes de software que integram as diferentes áreas de uma empresa (planejamento, compras, marketing, recursos humanos etc.), permitindo um gerenciamento de informações unificado. É possível dizer que o ERP funciona como o sistema nervoso central de um negócio — as informações são coletadas, armazenadas, gerenciadas e interpretadas por todos e para todos os setores.
Segundo Regina Cantele, coordenadora do MBA em Marketing Digital da FIAP, diferentes setores de uma empresa tendem a ter sistemas distintos para executar processos e armazenar dados, o que requer controles extras para garantir, por exemplo, a implementação de uma regra de negócio para todos. “O ERP propõe o uso de uma mesma plataforma ou tecnologia para integrar as transações e seus dados, o que elimina esse problema, assim como a garantia de sua integridade”, afirma.
Vale dizer que, embora refira-se, nominalmente, a entrerprise, o Sistema ERP não está restrito às grandes companhias. Gerente de marketing de produtos da ContaAzul, Glauco Machado diz que, hoje, é difícil que uma empresa média sobreviva sem algum tipo de ERP, pois seria praticamente impossível fazer a gestão diária apenas com controles informais. “Mesmo para a pequena empresa que busca profissionalização e minimização de riscos, o Sebrae geralmente recomenda que adote um sistema de gestão, o mini ERP.”
Quem inventou: O termo foi cunhado pela consultoria Gartner Group.
Quando foi inventado: Na década de 1990.
Para que serve: Para a padronização e integração dos processos, eliminando o retrabalho e elevando a produtividade. “Além disso, por ser uma fonte única de dados transacionais, o ERP leva a análises mais precisas e comuns a todos os gestores das áreas da organização, assim como à redução da necessidade de estoques e pessoal e ao aumento a produtividade, entre outros benefícios.” Machado diz que, no caso de franquias, é importante a adoção do ERP para que o controle seja realizado nas unidades e também possa ser acompanhado pela matriz administradora. “Trata-se de uma condição inquestionável para que se garanta a saúde do negócio”, fala.
Quem usa: Qualquer tipo de empresa ou negócio de grande, médio, pequeno ou micro porte. Cantele conta que até mesmo startups já vislumbram a necessidade da integração de todas as áreas, assim como o controle e a organização para crescerem de forma sustentável e manterem sua saúde financeira. “As soluções na nuvem agilizam e tornam mais acessíveis os custos envolvidos com a infraestrutura da solução”, afirma.
Efeitos colaterais: Adoção tardia, erro na escolha do sistema adotado ou custo elevado demais.
Quem é contra: Machado diz que a adoção de um sistema onde não havia nenhum ou em substituição a outro pode gerar desconforto. “Isso pode acontecer na transição e na aprendizagem de novos processos e métodos de trabalho, ou seja, em nível operacional. Já em nível gerencial, trata-se do insumo básico de trabalho, ou seja, não há opositores e sim entusiastas”, afirma.
Para saber mais:
1) Leia, na Forbes, How Technology Has Helped ERP Systems Evolve.
2) Leia, na Exame, Empresas investem cada vez mais em ERP.
Com a adoção de um único aplicativo que integra diversas funções (como controle da conta bancária, pedido de comida e transporte), o usuário pode economizar bastante espaço em seu celular. O lado ruim da história: é mais uma forma de as gigantes de tech concentrarem todas as nossas informações.