Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…
STO
O que acham que é: Uma nova sigla para a patente de sargento.
O que realmente é: STO, sigla de Security Token Offering (“Oferta de Token de Segurança”, em tradução livre), é uma forma de arrecadação digital de recursos sem risco de fraude. Isso porque a Security Token é respaldada por ativos tangíveis e negociáveis (como lucro ou ações de uma empresa), o que dá atestado de propriedade a seu portador. Além disso, a STO tem de ser necessariamente aprovada por órgãos reguladores. Segundo Adilson Ferreira da Silva, professor do curso de Segurança da Informação da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Caetano do Sul, a STO está sendo utilizado no mercado de capitais como uma variação de IPO, sigla de Initial Public Offering. “Neste caso, quando a empresa abre parte de seu capital por meio da Bolsa de Valores, oferece Security Tokens em vez de ações.” A STO tem sido apontado também como substituto da ICO, sigla de Initial Coin Offering, correspondente digital da IPO com criptomoedas e tokens. A grande diferença entre STO e ICO é a segurança do primeiro — muitos golpes envolvendo as ICOs vêm acontecendo.
Quem inventou: Não há.
Quando foi inventado: Não há um inventor. No Google, a referência à STO é do ano passado.
Para que serve: Como já dito, pode ser utilizado em substituição à IPO e à ICO. De acordo com João Carlos Lopes Fernandes, professor de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia, a STO fornece aos investidores uma série de direitos financeiros, como ações, dividendos, participação nos lucros e recompra. “Esses direitos estão descritos nos Smart Contracts e os tokens são negociados na Blockchain.” Silva diz que os Tokens de Segurança estão sendo utilizado para fornecer proteção legal aos investidores do mercado de capitais por proporcionar vários benefícios. “Um deles é que podem ser transferidos e vendidos muito mais rapidamente do que as atuais estruturas de ações”, afirma o professor.
Quem usa: O mercado ainda está começando a conhecer as STOs. Ainda assim, é possível acompanhar as transações na Nasdaq e no Cointelegraph, por exemplo.
Efeitos colaterais: Baixa liquidez. “Isso acontece pois esses dispositivos não podem ser livremente negociados e estão sujeitos a restrições, limitações e barreiras de entrada, que variam entre jurisdições”, fala Fernandes.
Quem é contra: Instituições financeiras e bancos podem ser contra.
Para saber mais:
Leia, no Venture Beat, The era of security tokens has begun. O texto defende que a STO dá à comunidade financeira a legitimidade que faltava na ICO.