“Não somos obrigados a crescer”

Phydia de Athayde - 6 ago 2015

A experiência de negócio e organização do Instituto Chão tem gerado uma série de reflexões. Aqui, Thiago Gardia, um dos sete associados, fala mais detalhadamente da organização da empresa (que vende hortifruti pelo preço do produtor e depende de doações para se manter). Ele explica que a mercearia é apenas um braço, o primeiro e único já operando, do que a associação pretende.

Ele conta dos erros cometidos, por exemplo, o ruído gerado com parceiros que se aproximaram do negócio mas não entenderam a proposta de preço transparente e sem repasse de lucro. Outro problema — veja a ironia — é lidar com o sucesso. Em poucos meses de vida o lugar tem ficado lotado quase sempre, a feira acaba rápido, é um corre corre.

“A gente realmente não esperava uma demanda tão grande”, conta Thiago, e menciona que um dos seus maiores medos é ser engolido pelo mercado. “Somos em apenas sete pessoas e a gente que faz tudo aqui, desde a limpeza, compras, até o café.”

Em seguida, faz um pequeno manifesto sobre o sucesso e a demanda que ele traz: “Se for para crescer e tivermos que contratar gente que não tem a ver com o projeto, pagar salários ruins, isso foge da nossa ideia. Nossa ideia é crescer organicamente. Não somos obrigados a crescer por que a demanda está crescendo.”

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