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Como a economia criativa pode ser aplicada no pequeno negócio

Fernanda Cury - 26 jul 2016
"A única chance de termos uma sociedade mais sustentável é priorizando a economia criativa”
Fernanda Cury - 26 jul 2016
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Segundo Lala Deheinzelin, futurista e pioneira da Economia Criativa no Brasil, o conceito de Economia Criativa ainda está sendo formado e há várias maneiras de interpretar o tema.

Economia Criativa: muito mais que números

Segundo Lala, é muito difícil dimensionar a Economia Criativa. “Isso porque os números abrangem apenas o que está formalizado. Por exemplo: se a gente fosse medir a economia da dança, seria um valor muito pequeno, medido a partir de X coreógrafos, X professores, X bailarinos. Se a gente tivesse como medir a atividade ‘dançar’, o número seria enorme, incluindo carnaval, festas populares, celebrações de festas, casamentos, com as baladas e tudo o que se constrói em torno da balada, como equipamento, bebida, roupas, etc. O mercado do dançar e a economia do dançar é enorme, mas as nossas ferramentas para medir isso não são capazes de mensurá-lo. Esse é, na verdade, um dos maiores desafios que a economia criativa tem para avançar.”

Alternativa para diversos problemas

Lala lembra que a crise atual é uma oportunidade para que a Economia Criativa possa ser o principal motor de desenvolvimento do país. Um grande desafio do momento é a questão da sustentabilidade, que também pode encontrar soluções por meio da Economia Criativa. “A economia tradicional está baseada em recursos materiais e finitos, mas o planeta é um só. Por outro lado, a economia criativa está baseada na construção a partir de recursos intangíveis, como conhecimento, cultura, experiência, turismo, atributos de marcas, por exemplo, são infinitas, e não apenas não se consomem, como se multiplicam com o uso. A única chance de termos uma sociedade mais sustentável é priorizando a economia criativa nas políticas públicas e nas empresas”.

Economia criativa na pequena empresa, também!

Essa estratégia é fundamental para toda a sociedade. “É importante entender que a economia criativa pode estar relacionada a qualquer tipo de empreendimento, ela serve para todo mundo. Neste modelo, o que gera valor não é o produto em si, mas sim o processo: as relações, o conceito, o propósito. Por exemplo: uma pessoa que faz marmitas, e conhece muito bem seus clientes. Para aquele que segue dieta, ela coloca mais salada e menos arroz e feijão. Para o vegetariano, ela não coloca a carne e acrescenta mais legumes e verduras. Enfim, o diferencial e a garantia do negócio dela não estão na marmita em si, mas no conhecimento e na relação que ela estabeleceu com seus clientes. Não é uma marmita qualquer, é uma marmita personalizada.”

Para aplicar a economia criativa no seu negócio

Em sua experiência Lala desenvolveu a FLUXONOMIA 4D, uma ferramenta de gestão estratégica onde as novas economias de futuro (Criativa, Colaborativa, Compartilhada e Multimoedas) atuam em fluxo, gerando riqueza nas 4 dimensões da sustentabilidade (Cultural, Ambiental, Social e Financeira) e, por consequência, um mundo sustentável, onde os recursos não se esgotam, mas se multiplicam com o uso. Para aplicar a Fluxonomia 4D é necessário identificar seus próprios recursos intangíveis e seus respectivos resultados, ativando-os nas quatro dimensões. Para tanto:

  1. Parta do intangível: seja uma causa, um conhecimento, uma experiência ou um propósito. Este deve ser o ponto de partida do seu empreendimento (DIMENSÃO CULTURAL/ECONOMIA CRIATIVA).

  2. Identifique quais equipamentos, ferramentas, materiais ou insumos você ou sua organização tem e poderiam compartilhar. E se há espaços livres ou ociosos que poderiam ser utilizados (DIMENSÃO AMBIENTAL/ECONOMIA COMPARTILHADA).

  3. ​Relacione-se com o maior número de grupos/comunidades aos quais pertence e utilize todos os veículos de mídia e comunicação aos quais tiver acesso para comunicar sua iniciativa (DIMENSÃO SOCIAL/ECONOMIA COLABORATIVA).

  4. Tenha em mente que riqueza não é só moeda, ela tem 4 dimensões: cultural, ambiental, social e financeira. Identifique seus recursos não financeiros (como o tempo, por exemplo) e lembre que o importante é gerar resultados também nas 4D e não apenas financeiros  (DIMENSÃO FINANCEIRA/ECONOMIA MULTIMOEDAS).

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o TEDx: https://youtu.be/HoAi9jjm43w

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

itau

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