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A arte e a ciência de dar nomes aos carros

Ricardo Alexandre - 12 maio 2017
Naming Concept Method: a metodologia para criação de nomes dos carros foi elaborada em conjunto com a Mesa & Cadeira
Ricardo Alexandre - 12 maio 2017
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Pare um momento e preste atenção nesses nomes: Toro; Mobi; Argo.

Mais uma vez: Toro; Mobi; Argo. Percebeu?

São nomes simples, únicos, fortes, significativos e que soam bem em vários idiomas. Aliás, são muito mais do que isso. Citamos quatro dos 10 princípios universais para se escolher um bom nome. Você deve estar ansioso para saber a lista completa, não é? Um bom nome precisa…

1. Ser simples;
2. Ser significativo;
3. Ser diferenciado;
4. Soar bem;
5. Ser modular;
6. Ser passível de proteção (patentes);
7. Ser positivo;
8. Ser visual;
9. Ser multi idioma;
10. Ser orientado para o futuro.

A impressionante união dos dez princípios é levada a sério pela equipe responsável pela criação de nomes na Fiat. A equipe não; as equipes. “A equipe nunca é igual”, explica Cely Cordeiro, da área de pesquisa da Fiat Chrysler Automobiles (FCA). “O grupo de trabalho é majoritariamente Fiat, mas não é nada restrito. Formamos sempre um time coeso, com pessoas de todos os tipos e formações, que estão abertas para esse trabalho de criação. É uma equipe multidisciplinar.”

Cada novo carro, portanto, tem sua própria equipe, criada especialmente para cumprir a missão de nomeá-lo. “É essencial que seja assim, ou correríamos o risco de trazer sempre mais do mesmo. A gente gosta de fazer o grupo girar, trazer pessoas novas”, conta Cely.

Na Fiat, tudo começa com um briefing da área de Brand, explicando detalhadamente o carro, categoria de mercado, diferenciais do segmento, concorrentes, enfim, tudo o que define seu lançamento. Depois, vem o que Cely define como “etapa de imersão muito grande”. Em seguida… bem, aí ninguém sabe exatamente. “Mudamos sempre a dinâmica. A cada novo lançamento, fizemos diferente. Não é apenas a equipe que muda.”

Se você já parou para escolher um nome – seja para um bebê, um cachorro, uma empresa ou um produto – provavelmente se deparou com uma lista imensa que depois precisou ser repassada, procurando as melhores opções e eliminando as que não serviriam, seja por sonoridade, significado ou algo do tipo, como na lista dos 10 princípios que citamos. Na Fiat é assim também. O processo ganhou metodologia proprietária, e as etapas estão todas descritas no “Naming Concept Method”, que passou a servir de caminho para a criação dos nomes dos carros e também suas versões. É ela que ilustra o topo desta página.

“Quando finalizamos o trabalho, chegamos a uma lista mais enxuta, com cerca de 10 nomes, todos perfeitamente aplicáveis ao novo carro”, conta Cely. “A lista vai com os nomes na ordem que recomendamos, com base em todos os critérios adotados, e acompanhados dos motivos”. Os nomes não usados podem passar a nomear versões do veículo ou até futuros carros.

O nome Argo remete ao mito grego de Jasão e aos Argonautas, que viajavam a bordo da nau Argo, construída pelo semideus Argos sob orientação da deusa Atena. Depois de cumprida sua missão, Argo foi consagrado a Poseidon e se transformou na Constelação de Argo. Aguardado como uma nova estrela da Fiat, o hatch premium Argo, que tem luz própria e em breve será lançado, combina perfeitamente com essa história de grandes conquistas.

(Nota do Draft: a metodologia da Fiat foi elaborada junto com a Mesa & Cadeira, que já foi tema de uma matéria nossa: leia aqui)

 

 

Esta matéria pode ser encontrada no Mundo FCA, um portal para quem se interessa por tecnologia, mobilidade, sustentabilidade, lifestyle e o universo da indústria automotiva.

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