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Conheça os binóculos que trazem para perto quem enxerga longe e ajuda a mudar o mundo

Thiago Guimarães - 29 maio 2015 Binóculo Olhar Chivas
No Chivas Spirit, em São Paulo, um dos binoculares que trazem histórias de quem vence do jeito certo
Thiago Guimarães - 29 maio 2015
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Final de horário de almoço numa tarde de maio no Itaim Bibi, um dos principais polos econômicos de São Paulo. Na correria de volta ao trabalho, um binóculo turístico no meio da calçada chama a atenção dos pedestres. É um modelo retrô, daquele de moedas, com um chamado acima dos visores: “Veja aqui as pessoas que estão mudando o mundo”.

A gerente de e-commerce Julieta Prata, 33, não resiste a uma paradinha. Aproxima-se meio desconfiada e logo está envolvida com a história da estilista paulista Flávia Aranha. Em pouco mais de um minuto, conhece um trabalho único em moda sustentável, que resgata o papel do artesão e dos corantes naturais.

“Achei que [o trabalho de Flávia] tem tudo a ver [com impacto social]. Resgatar o básico, o simples, dentro de um setor que é tão industrial”, afirmou Julieta após a sessão de bolso.

A trajetória de Flávia Aranha e a de outros empreendedores que trabalham para uma sociedade melhor estão no foco do Olhar Chivas, projeto que entre maio e junho está difundindo por São Paulo e por Recife bons exemplos de negócios de impacto social.

O mote da iniciativa é “olhar de perto pessoas que enxergaram longe”. Além da história de Flávia Aranha, mini-documentários contam a trajetória de Ricardo Lima, da Worldpackers, de Flávio Almeida, da ProDeaf, de André Cervi, da Atados, e de Luiz Eduardo Rocha, da Zerezes.

As lentes dos binóculos miram na história de Riq Lima, um analista de investimentos que trocou o setor bancário por uma start-up que conecta viajante e hospedagem em um esquema de permuta de habilidades por estadia. A Worldpackers cresce 10% por semana desde 2014, segundo os sócios, e anunciou investimento que pode alcançar R$ 2 milhões até 2016.

Para além dos números, o que a empresa de Riq faz é ajudar a promover transformações que nascem de andanças pelo mundo – e fortalecer uma economia baseada em habilidades. “Quando vemos pessoas que viajaram e pessoas que receberam viajantes falando o que mudou na vida delas é o que mais motiva a gente”,  afirma Riq no vídeo.

Quem também trabalha para criar pontes é o administrador André Cervi, sócio do Atados, uma plataforma que aproxima voluntários e entidades. O site facilita o caminho de quem tem vontade de atuar como voluntário e nunca soube por onde começar, e também de instituições em busca de apoio. É só criar um perfil com suas habilidades, causas que acredita e disponibilidade de tempo, e procurar a possibilidade mais afinada com sua vida.

“Para nós está sendo ótimo participar [do Olhar Chivas]. Nosso papel é mobilizar e incentivar as pessoas a conhecerem uma realidade diferente, então ter uma exposição na rua é muito legal”, diz André, que causou surpresa a amigos que trombaram com os binóculos de Chivas por São Paulo. “Ligam e dizem: vi você do nada!”, conta o empreendedor.

ZEREZES E PRODEAF TAMBÉM NA MIRA

Vale também investir um minuto para conhecer a Zerezes, empresa carioca que aliou inovação e sustentabilidade transformando madeira abandonada nas ruas em óculos sofisticados e de tiragem limitada. Quatro jovens estudantes do curso de Design da PUC-Rio tiveram a ideia ainda na faculdade e desde 2012 garimpam pelas ruas do Rio pedaços de peroba, pinho de riga, sucupira, ipê, jacarandá. O resultado é um produto que já vem com história – as hastes trazem uma gravação em laser com o nome da série, inspirada no local onde a madeira foi encontrada. Produção artesanal que inova e agrega valor tecnológico.

Para Hugo Galindo, um dos criadores da marca (cujo nome vem de zerê, sinônimo de caolho, estrábico), o projeto permite dividir com o público o caminho da empresa. “Que é completamente diferente, de crescimento bem lento, valorização de pequenos produtores e processos manuais”, afirma. Para 2015, a empresa aposta em dois grandes projetos: a série Restus, uma linha desenvolvida a partir do reaproveitamento da serragem dos próprios óculos da Zerezes, e uma série de óculos com materiais encontrados em fábricas desativadas.

Os binóculos do Olhar Chivas não deixam de captar iniciativas fora do eixo Rio-São Paulo, e descobriram a ProDeaf, empresa que, assim como a Zerezes, nasceu do encontro de colegas de faculdade. Neste caso, de estudantes do mestrado em Ciência da Computação na Universidade Federal de Pernambuco. A empresa de Flávio Almeida especializou-se em soluções para traduzir texto e voz de português para Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

São aplicações mobile e web que reconhecem a voz do usuário e convertem as frases para Libras, interpretadas por simpáticos avatares. Há ainda opções de escrita e dicionário. De acordo com a empresa, mais de 130 mil pessoas já utilizam as ferramentas, criadas para promover inclusão social e digital ao mesmo tempo.

Olhar ChivasPara conhecer mais sobre essas histórias de empreendedores que vencem do jeito certo, fique ligado nas bases dos binóculos do Olhar Chivas. O projeto passou por São Paulo nas primeiras semanas de maio e agora está no Recife, onde fica de 23 de maio a 11 de junho. Na capital paulista, ainda é possível conferir o projeto no Chivas Spirit até 2 de junho.

Os endereços no Recife:

– Av. Sport Club Recife, altura do número 301
– Av. Boa Viagem, s/n, posto 7 (barraca do Pezão)
– Av. Boa Viagem, altura do número 5.800

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