Continuamos a série que explica as principais palavras do vocabulário dos empreendedores da nova economia. São termos e expressões que você precisa saber: seja para conhecer as novas ferramentas que vão impulsionar seus negócios ou para te ajudar a falar a mesma língua de mentores e investidores. O verbete de hoje é…
ROBOTIC PROCESS AUTOMATION
O que acham que é: Algo similar a cobot ou chatbot.
O que realmente é: Robotic Process Automation (RPA), em uma definição simplificada, é o uso de programas de computador especializados, conhecidos como robôs de software, para automatizar e padronizar processos de negócios repetitivos. Segundo Jorge Sarapka, coordenador do curso superior tecnológico de Automação Industrial da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) São Bernardo do Campo, o RPA é uma tecnologia de automação de processos baseada em um robô de software com inteligência artificial. “Esse robô é desenvolvido para automatizar o processo de execução de tarefas ou atividades manuais em áreas como a financeira, a jurídica, de recursos humanos, de logística, entre outras.”
Os robôs de software do RPA imitam atividades humanas interagindo com aplicativos da mesma maneira que uma pessoa (podendo assisti-las ou substituí-las) mas sem envolver robôs físicos. Já os cobots são máquinas que interagem com humanos para a realização de trabalhos compartilhados, enquanto os chatbots são softwares que conversam via chat (voz ou texto) com pessoas reais, simulando o comportamento humano. Há também a diferença entre RPA e Inteligência Artificial: esta última simula a da inteligência humana por meio de máquinas enquanto o Robotic Process Automation imita ações humanas.
Quem inventou: Não há um inventor específico. A Robotic Process Automation é um campo dentro do Business Process Automation (BPA), ou, simplesmente, Transformação Digital e surge, primeiramente, com o nome de Screen Scrapping.
Quando foi inventado: Não há uma data exata mas é possível dizer que a emergência do RPA se deu no começo dos anos 2000.
Para que serve: Para executar tarefas repetitivas e exaustivas no ambiente de negócios, diminuindo o seu tempo execução e custos operacionais, aumentando a produtividade e evitando erros.
Quem usa: Qualquer tipo de organização, de grandes corporações e pequenas e médias empresas a bancos, passando por funcionalismo público, instituições de ensino etc. Sarapka conta que o banco Itaú utiliza RPA na carteira de crédito imobiliário para a captação de clientes, atividade que trabalha com registro e análise de grande quantidade de documentos. “Já a Ford Motor emprega a tecnologia em duas áreas, Recursos Humanos e Logística”, afirma.
Efeitos colaterais: Menor redução de custos que o previsto caso não haja diminuição do quadro de funcionários ou pelo emprego da técnica em áreas para as quais não é indicada (o que pode ser, inclusive, prejudicial).
Quem é contra: Instituições que se mantêm fiéis aos modelos tradicionais de negócios e pessoas ou organizações que temem que a automação diminua as vagas de empregos.
Para saber mais:
1) Leia, na Harvard Business Review, What Knowledge Workers Stand to Gain from Automation.
2) Assista, no YouTube, ao TEDx White Collar Robots: The Virtual Workforce.
3) Leia, na Forbes, Robotic Process Automation: A Gateway Drug to AI and Digital Transformation.