Como muitos bairros de São Paulo, Paraisópolis é gigante: são 120 mil habitantes. Segundo o IBGE, com este número a região alcança a maior densidade populacional do país, com 45 mil pessoas por quilômetro quadrado. Na maior favela da cidade não sobra espaço para fazer horta. Sendo assim, como levar alimento fresco e orgânico a tantas famílias? No lugar de cultivar vegetais no chão, o caminho é plantá-los no teto, nas tantas lajes das casas da região.
Esta é a proposta do Horta na Laje, projeto desenvolvido pela Associação de Moradores de Paraisópolis com o suporte do Instituto Stop Hunger, que tem apoio da Sodexo. Em funcionamento desde 2017, a iniciativa já capacitou 3 mil pessoas no bairro. A ideia é que, ao cultivar os próprios alimentos, os moradores da região garantam mais saúde, economia (em um ano, uma família pode poupar até mil reais com a horta doméstica) e, de quebra, abram uma nova possibilidade de geração de renda com a venda de suas hortaliças e legumes.
Com esta abordagem, o Horta na Laje foi reconhecido com o Troféu GEEIS-SDG, prêmio para iniciativas que promovem a igualdade de gênero como forma de corroborar com os objetivos do desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A cerimônia de entrega aconteceu em setembro, em Nova York.
Muito além de política pública, passou do tempo de equidade racial estar apenas na agenda de responsabilidade social de empresas no Brasil. Saiba o que grandes organizações, como a Sodexo, estão fazendo em prol dessa causa.